MORADORES DE RUA
Município de Maceió é condenado a cessar o uso de arquitetura hostil
Uso de técnicas hostis foi identificado nas obras de paisagismo realizadas no viaduto de JacarecicaA Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE/AL) garantiu decisão judicial proibindo o Município de Maceió de adotar intervenções urbanísticas hostis contra populações em situação de rua na capital alagoana, como praças e viadutos. A ação civil pública (ACP) foi movida em 2023 pelos defensores Daniel Alcoforado e Isaac Souto.
O Município tem 30 dias para incluir um casal que vivia no viaduto de Jacarecica em um programa habitacional, sob pena de multa de R$ 50 mil. Também deve oferecer aluguel social aos que frequentavam o viaduto e foram afetados pela arquitetura hostil.
O uso de técnicas hostis foi identificado nas obras de paisagismo realizadas no viaduto de Jacarecica no último ano, segundo a Defensoria. A ação foi movida para garantir os direitos e a dignidade das pessoas em situação de rua, que enfrentam dificuldades para acessar programas de moradia.
A Defensoria demonstrou, durante audiência de conciliação ocorrida na última semana, que ocorreram remoções forçadas e que a população em situação de rua enfrenta dificuldades para acessar programas de moradia, o que resultou na decisão favorável.
O EXTRA procurou a Prefeitura de Maceió para que pudesse comentar a decisão, mas não obteve retorno até a última atualização. O espaço segue aberto.