LEVANTAMENTO
Alagoas registrou, em média, um afogamento a cada 2 dias 2024
De janeiro até o momento, o Corpo de Bombeiros contabilizou 59 casosAlagoas registrou, de janeiro a 25 de abril deste ano, 59 casos de afogamento, segundo dados do Corpo de Bombeiros, solicitados pelo EXTRA. O número representa, em média, um caso a cada dois dias.
Casos recentes de óbito por afogamento têm chamado a atenção em Alagoas desde o início do ano. Nesta quarta-feira, 24, o corpo de um turista baiano que estava desaparecido foi encontrado boiando na praia da Sereia. O laudo cadavérico confirmou que ele morreu afogado.
Ainda este mês, um adolescente morreu afogado ao nadar com amigos em um açude em Rio Largo. A vítima foi dar um mergulho e não retornou. No início de janeiro, um empresário de Goiás também morreu afogado na praia do Saco, em Marechal Deodoro.
Apesar desses registros, o número de afogamentos este ano diminuiu em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a 25 de abril de 2023, o Corpo de Bombeiros registrou 117 afogamentos.
O Corpo de Bombeiros não informou o número de casos por cidade, mas disse que a maior parte dos casos de afogamentos registrados esse ano aconteceram em Maceió e em Marechal Deodoro.
Veja o número de casos por mês em 2024:
— Janeiro: 12
— Fevereiro: 13
— Março: 19
— Abril: 15
Maioria das mortes por afogamento acontecem em águas naturais
Em Alagoas, 87,3% das mortes causadas por afogamento aconteceram em águas naturais (mares, rios e lagoas), segundo o levantamento mais recente divulgado este mês pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (SOBRASA), que considera os dados de 2022.
De acordo com a pesquisa, foram registrados 111 óbitos por afogamento no estado naquele ano, sendo:
— Afogamento e submersão em piscina: 2
— Afogamento e submersão em águas naturais: 97
— Outros afogamentos e submersão: 2
— Afogamento e submersão não especificados: 5
— Lesão auto provocada intencionalmente para afogamento: 1
— Agressão por meio de afogamento e submersão: 4
O levantamento aponta que mais da metade (51%) dos municípios de Alagoas registraram morte por afogamento. Maceió foi a cidade que registrou mais casos, com 19 óbitos. Em seguida aparecem Arapiraca (9) e Marechal Deodoro (6).
A maior parte das pessoas que morreram afogadas em Alagoas naquele ano tinham entre 45 e 49 anos. Foram registrados 24 óbitos de pessoas nesta faixa etária. Também foram registradas 30 mortes de crianças e adolescentes de até 14 anos.
A SOBRASA destaca que é importante seguir algumas dicas para evitar o afogamento, como não nadar sozinho, evitar mergulhar em local onde desconheça a profundidade e sempre preferir nadar em águas rasas. Veja dicas da SOBRASA sobre o que fazer em caso de afogamento: