IBGE

Município de Alagoas está em 6º lugar no ranking nacional de analfabetismo

Alagoas mantém pior desempenho de alfabetização no grupo acima de 15 anos
Por Tamara Albuquerque 20/05/2024 - 12:55

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© Studio Formatura/Galois
Estudantes em sala de aula
Estudantes em sala de aula

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2022, divulgado na última sexta-feira, 17, mostram Alagoas com 17,7% de analfabetos, pessoas que não saber ler e escrever – na faixa etária a partir dos 15 anos, sendo o estado com mais baixo desempenho na educação no país. 

Informam, ainda, que entre as unidades da federação, as menores taxas de alfabetização na população desse grupo estão em Alagoas, com 82,3% desse público, acompanhado pelo Piauí, com 82,8%. No lado oposto, as maiores taxas de alfabetizados foram registradas em Santa Catarina, com 97,3%, e no Distrito Federal, com 97,2%.

Ainda assim, entre os censos de 2010 e 2022, Alagoas foi a unidade da federação que mais aumentou o percentual de pessoas de 15 anos ou mais alfabetizadas, com uma expansão de 6,7 p.p., resultado que, no entanto, não foi suficiente para retirá-la da última posição. Em 2010, a diferença entre a maior e a menor taxa de alfabetização, isto é, entre o Distrito Federal e Alagoas, era de 20,9 p.p., enquanto, em 2022, esse diferencial caiu para 15,0 p.p. entre Santa Catarina e Alagoas.

Municípios

O município Estrela de Alagoas, no Semiárido do estado, não fez o ‘dever de casa’ na área da educação e está na lista dos 10 maiores índices de analfabetismo do país. É a cidade que hoje ocupa o 6º lugar entre aquelas com maior número proporcional de pessoas que não sabem ler e escrever na faixa etária a partir dos 15 anos.

O IBGE revela que, dos 50 municípios com os piores índices, 48 estão no Nordeste. As únicas exceções são Alto Alegre e Amajari, em Roraima, no Norte. Alto Alegre, aliás, é a cidade com maior índice de analfabetismo: 36,81% da população pesquisada. Estrela de Alagoas tem 34,2% da população nessa condição.

Entre os municípios com população entre 10 mil a 50 mil habitantes, outra cidade de Alagoas aparece no rol daquelas com altas taxas de analfabetismo: é Traipú, com 32,7% das pessoas sem alfabetização. Mas não para aí. Entre os municípios com população a partir de 500 mil pessoas, Maceió fica entre os cinco primeiros do país com maior taxa de analfabetos: 8,4.

A taxa de analfabetismo do Nordeste (14,2%) permanece o dobro da média nacional (7,0%), ainda assim, apresenta uma melhora em relação aos dados de 2010 em relação a alfabetização, que passou de 80,9% para 85,79%.

De acordo com o IBGE, 11,4 milhões de pessoas no país, a partir de 15 anos, não sabem ler e escrever uma carta simples. O número equivale a 7% da população. O Nordeste continua sendo a região com o maior índice de analfabetismo, com 14,2%, o dobro da média nacional.

Em comparação com a última edição da pesquisa, realizada em 2010, houve melhora relativa no Nordeste: a taxa de alfabetização passou de 80,9% para 85,79%. Por unidade da federação, o Censo mostra que as maiores taxas de alfabetizados foram registradas em Santa Catarina (97,3%) e no Distrito Federal (97,2%), e as menores, em Alagoas (82,3%) e no Piauí (com 82,8%).

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Vera o ranking dos 10 maiores índices de analfabetismo do país (entre pessoas com 15 anos ou mais):

1-Alto Alegre (RR): 36,81%
2-Floresta do Piauí (PI): 34,68%
3-Aroeiras do Itaim (PI): 34,63%
4-Massapê do Piauí (PI): 34,3%
5-Paquetá (PI): 34,28%
6-Estrela de Alagoas (AL): 34,2%
7-Padre Marcos (PI): 34,01%
8-São Domingos (PB): 33,77%
9-Alagoinha do Piauí (PI): 33,61%
10-Vieirópolis (PB): 32,9%.


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