O cantor alagoano Djavan revelou ter sido sondado para ser ministro da Cultura no governo de Jair Bolsonaro (PL) em uma entrevista à coluna de Mônica Bergamo, publicada no domingo, 2. A proposta foi feita por Gilson Machado, sanfoneiro que presidiu a Embratur e comandou o Ministério do Turismo no final de 2018.

Em resposta à sondagem, Djavan disse a Machado que não tinha interesse no cargo, lembrando que trocou poucas palavras com ele e nunca mais discutiram o assunto.

“Eu acho péssimo. Eu não quero ser ministro de nada”, disse o cantor à coluna, relembrando a resposta que deu ao sanfoneiro. “Trocamos mais quatro ou cinco palavras, e ele foi embora um pouco decepcionado. Nunca mais me voltou o assunto. E nunca mais o vi por ali também”, continuou.

Djavan afirmou temer os riscos para a democracia durante o governo Bolsonaro, mas destacou a importância da manutenção do sistema democrático para superar desafios. Ele comentou ainda sobre os boatos de que seria bolsonarista.

“Aquilo foi terrível. E aí eu descobri também coisas importantes: desmentir, na internet, não existe. Quanto mais você desmente, mais aquilo ganha força. O que vale para as pessoas é questionar alguém que não tem culpa no cartório”

O cantor também mencionou seu otimismo com os avanços na pauta racial, especialmente na representação de atores negros na televisão. Ele destacou que a visibilidade crescente de atores negros é uma "refundação de valores" e mostrou satisfação com a persistência dessa mudança, que ele acredita não ser um modismo.