SUPOSTO LOBBY

Polícia investiga acusação de assédio moral na CPI da Braskem, em Brasília

Mineradora é acusada de fazer lobby por meio de um assessor de comunicação
Por Redação 04/06/2024 - 08:55

ACESSIBILIDADE

Agência Senado
CPI da Braskem ouve o ex-secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME Alexandre Oliveira
CPI da Braskem ouve o ex-secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do MME Alexandre Oliveira

A Polícia Legislativa investiga denúncias de assédio moral durante a CPI da Braskem em Brasília. A mineradora é acusada de fazer lobby por meio de um assessor de comunicação, revelado em uma reportagem do Intercept no último final de semana. A investigação foi solicitada pelo senador Rogério Carvalho (PT/SE).

A reportagem, intitulada "CPI da Braskem vira caso de polícia", relata que a Polícia Legislativa foi acionada para investigar o "lobby abusivo" praticado pela empresa. A primeira ação do lobby foi remover o senador Renan Calheiros (MDB/AL) do posto de relator. O assessor da Braskem é acusado de assediar senadores e jornalistas.

O Intercept revelou que o assessor terceirizado pela Braskem assediava pessoas nos bastidores da CPI, fotografando sem autorização e abordando ativistas e parlamentares de forma invasiva. Ele se apresentava como "assessor da Braskem para o caso Maceió" e foi identificado como João Freire, atualmente ligado à FSB.

Um integrante da equipe do senador Rogério Carvalho relatou que o comportamento do assessor era ostensivo e invasivo. A Secretaria da CPI acionou a Polícia Legislativa para intervir, levando Freire a pedir desculpas e cessar suas ações. A FSB afirmou que Freire era assessor de imprensa e não lobista, mas o retirou da CPI.

Servidores do Senado e membros de movimentos sociais relataram perseguições e monitoramentos de redes sociais por parte de Freire. A Braskem, por sua vez, negou conhecimento das ações relatadas e sugeriu que as questões fossem direcionadas à FSB Comunicação.


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