ASSEMBLEIA
Docentes da Ufal decidem manter greve que já dura 50 dias
Nova rodada de reuniões foi agendada para ocorrer na próxima semanaOs docentes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira, 19, manter a greve que já dura 50 dias. Decisão da categoria foi oficializada após a realização de assembleias setoriais nos campi Sertão, Arapiraca e A. C. Simões.
A mesa-diretora apresentou como proposta o encerramento da greve com retorno das atividades previsto para o dia 25 de junho, e a aceitação parcial das propostas do Governo Federal, mas sem a proposta sobre reestruturação de carreira.
A maioria dos docentes, entretanto, decidiu por continuar a greve. Há uma nova rodada de assembleias agendada para a próxima semana, com a do Campus A. C. Simões, em Maceió, a ser realizada no dia 26 de junho, a fim de discutir a conjuntura e novas atualizações da greve.
Segundo o comando nacional da greve dos professores universitários, ligado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a paralisação da categoria, iniciada em abril, ocorre em 64 universidades. O Andes solicitou que os docentes façam assembleias locais até sexta-feira, 21, para analisar a nova proposta apresentada pelos ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
A categoria tem manifestado descontentamento com o reajuste zero anunciado para este ano, mas em nota divulgada em seu site, o Andes avalia que a pressão do movimento grevista levou o governo a retomar as negociações e sinalizar alguns avanços.
A última proposta apresentada aos professores envolve recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais, implementação de reajuste de benefícios e aumentos salariais de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. O MEC também se comprometeu a revogar a Portaria 983/2020, que elevou a carga horária mínima semanal dos docentes.