ASSEMBLEIA

Docentes da Ufal decidem manter greve que já dura 50 dias

Nova rodada de reuniões foi agendada para ocorrer na próxima semana
Por Adja Alvorável 19/06/2024 - 19:12

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Vanessa Ataíde/Ascom Adufal
Maioria dos docentes decidiu por continuar a greve
Maioria dos docentes decidiu por continuar a greve

Os docentes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) decidiram, em assembleia realizada nesta quarta-feira, 19, manter a greve que já dura 50 dias. Decisão da categoria foi oficializada após a realização de assembleias setoriais nos campi Sertão, Arapiraca e A. C. Simões.

A mesa-diretora apresentou como proposta o encerramento da greve com retorno das atividades previsto para o dia 25 de junho, e a aceitação parcial das propostas do Governo Federal, mas sem a proposta sobre reestruturação de carreira.

A maioria dos docentes, entretanto, decidiu por continuar a greve. Há uma nova rodada de assembleias agendada para a próxima semana, com a do Campus A. C. Simões, em Maceió, a ser realizada no dia 26 de junho, a fim de discutir a conjuntura e novas atualizações da greve.

Segundo o comando nacional da greve dos professores universitários, ligado ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), a paralisação da categoria, iniciada em abril, ocorre em 64 universidades. O Andes solicitou que os docentes façam assembleias locais até sexta-feira, 21, para analisar a nova proposta apresentada pelos ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

A categoria tem manifestado descontentamento com o reajuste zero anunciado para este ano, mas em nota divulgada em seu site, o Andes avalia que a pressão do movimento grevista levou o governo a retomar as negociações e sinalizar alguns avanços.

A última proposta apresentada aos professores envolve recomposição parcial do orçamento das universidades e institutos federais, implementação de reajuste de benefícios e aumentos salariais de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. O MEC também se comprometeu a revogar a Portaria 983/2020, que elevou a carga horária mínima semanal dos docentes.


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