POLÍCIA

Entenda esquema de família que desviou R$ 7,5 mi dos cofres públicos de AL

Sete pessoas foram presas suspeitas de crimes contra a administração pública estadual
Por Redação 26/06/2024 - 19:30

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Polícia Civil de Alagoas
Sete pessoas da mesma família são presas suspeitas de desvio milionário de dinheiro público
Sete pessoas da mesma família são presas suspeitas de desvio milionário de dinheiro público

Sete pessoas da mesma família foram presas durante uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Alagoas nesta terça-feira, 25. Os alvos são suspeitos de crimes contra a administração pública estadual. A investigação aponta que o grupo desviou mais de R$ 7,5 milhões dos cofres públicos.

A operação, denominada Oplatek, cumpriu sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão, em Maceió e Colônia de Leopoldina. Dentre os presos estão uma agente da Polícia Civil de Alagoas e dois sargentos da Polícia Militar de Alagoas.

Além das prisões, foram apreendidos sete carros, sendo três de luxo, joias, escrituras de imóveis, celulares, notebooks, relógios, ipads e maquinetas. Foram bloqueadas as contas de todos os envolvidos e sequestro de bens identificados até o momento. Segundo a Polícia Civil, a intenção é recompor o prejuízo ao erário. 

A investigação aponta que o esquema criminoso teve início em 2014 e que a agente da Polícia Civil comandava o esquema que desviou recursos destinados ao custeio do ticket alimentação da própria corporação. De acordo com o delegado Igor Diego, a servidora atuava com a destinação de verbas de alimentação dos policiais, quando encontrou uma "brecha no sistema" e começou a desviar o dinheiro.

"Ela assumiu e confessou que desde 2014 verificou que existia a possibilidade de cadastrar os parentes. Inicialmente, eles recebiam os valores normais de qualquer servidor da Polícia Civil [cerca de mil reais], no entanto, ela foi ganhando confiança ao longo dos anos sem que essa prática tenha sido descoberta e, a partir de 2020, passou a aumentar esses valor, ao ponto de que agora, em 2024, cada parente estava recebendo cerca de 40 mil reais", detalhou o Igor Diego.

Os suspeitos, se indiciados, irão responder pelos crimes de organização criminosa, peculato, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e inserção de dados falsos em sistema de informação. Juntas, as penas podem ultrapassar 44 anos de prisão.

As investigações foram realizadas pelas equipes da da Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), coordenadas pelos delegados Igor Diego, Sidney Tenório e João Marcello. Todos os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital.


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