CASO DE POLÍCIA
Conselheiro tutelar é acusado em assédio contra adolescente em Murici
Caso foi denunciado às autoridades pela família da vítima, de 17 anosDenúncias encaminhadas ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Murici relatam que um integrante do Conselho Tutelar daquela cidade estaria perseguindo um adolescente de 17 anos por este não corresponder aos seus assédios frequentes. A avó da vítima, Sebastiana Maria de Jesus, também denunciou o caso à polícia, abrindo um boletim de ocorrência contra o conselheiro Allan Tenório de Novaes, citado como perseguidor do menor.
Sebastiana relata que Allan solicitava favores ao adolescentes, enviava dinheiro e presentes, que eram rejeitados, e chegou a pedir que a vítima enviasse fotos de seu órgão genital. Diante da recusa, o adolescente passou a ser ameaçado. Na tentativa de se livrar do assédio, o adolescente deixou a escola e pediu para ser transferido, evitando o contato com o conselheiro, mas a iniciativa não surtiu efeito.
Documentos anexados à denúncia mostram que o conselheiro estava utilizando o cargo para intimidar e ameaçar a família do jovem. Allan Tenório utilizou o WhatsApp para enviar mensagens intimidadoras. O acusado também teria buscado informações sobre a irmã do adolescente perseguido e tentado saber da vizinhança com quem ficavam os filhos dela quando a mesma saia para trabalhar.
Denúncias formais e provas
A vítima e seus familiares entregaram provas que corroboram as acusações de assédio e ameaças, incluindo conversas de WhatsApp e gravações de áudio. Em seu depoimento à polícia, o adolescente detalhou os eventos, afirmando que Allan Tenório o abordava frequentemente na escola com convites e propostas. “Já no segundo dia na nova escola, Allan mandou um conhecido me ameaçar. Eu tive que contar para meus pais o que estava acontecendo”, disse o jovem. O Conselho Tutelar de Murici ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.