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Fábrica de Cultura incentiva criação e produção cultural no Jacintinho

Projeto é um espaço de trocas e aprendizados para artistas e agentes culturais
Por Secul 05/07/2024 - 10:43

ACESSIBILIDADE

Divulgação
Ideia é proporcionar um ambiente em que os participantes serão estimulados a criar, planejar, produzir e avaliar, coletivamente
Ideia é proporcionar um ambiente em que os participantes serão estimulados a criar, planejar, produzir e avaliar, coletivamente

Ao iniciar uma nova fase de interação cultural no bairro do Jacintinho, o projeto Fábrica de Cultura abre suas portas para artistas e agentes culturais locais. Com o objetivo de promover o desenvolvimento criativo e comunitário, a iniciativa busca fortalecer a identidade cultural da região através da educação, produção e realização de eventos culturais.

A ideia é proporcionar um ambiente em que os participantes serão estimulados a criar, planejar, produzir e avaliar, coletivamente, até dois eventos em qualquer linguagem ou segmento da arte e cultura. As aulas teóricas e os exercícios práticos acontecem na Escola Municipal Kátia Pimentel Assunção, de 8 a 12 de julho e de 15 a 19 de julho, a partir das 18h.

"Iniciativas como o Projeto Fábrica de Cultura são fundamentais para fortalecermos a identidade cultural de comunidades como o Jacintinho. Estamos comprometidos em proporcionar não apenas um espaço para a criação artística, mas também para o desenvolvimento humano e social, incentivando o protagonismo dos nossos artistas e valorizando a diversidade cultural que enriquece nossa sociedade”, disse a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas.

De acordo com o produtor cultural e coordenador do projeto, Samy Dantas, o bairro do Jacintinho foi escolhido por concentrar uma das maiores estatísticas de artistas, grupos e coletivos de arte e cultura por metro quadrado de Maceió. “Os traços de diversidade cultural desse quilombo urbano podem ser reconhecidos desde as calçadas da sua rua principal, a Cleto Campelo, até as ruas, becos e escadarias que formam sua geografia”, enfatiza o produtor.

A Fábrica de Criação Cultural operará em três fases distintas, lideradas por Samy Dantas e sua equipe composta por Nicolle Freire, Regina Barbosa e Simone Cavalcante. Na primeira fase, será promovido um diálogo entre os participantes sobre cultura, produção cultural, estratégias de comunicação, criação, planejamento e avaliação de projetos culturais. A mediação terá como objetivo despertar a criatividade, promover o protagonismo social e orientar o planejamento dos envolvidos.

Na segunda etapa, um laboratório de ideias será inaugurado, onde os participantes formarão grupos para conceber propostas de ações culturais de menor escala. Cada grupo receberá um financiamento para desenvolver e implementar suas ideias do início ao fim. Durante este período, a equipe de mediação estará disponível para oferecer suporte na resolução de eventuais desafios durante a execução das propostas.

A terceira e última fase do projeto consistirá na execução das ações planejadas pelos grupos em locais selecionados do bairro do Jacintinho, com participação gratuita da comunidade. Este estágio permitirá que os conhecimentos e insights compartilhados durante os encontros sejam aplicados na prática, enriquecendo assim o tecido cultural local.

A seleção da turma contou com a mobilização de Viviane Rodrigues, artesã, ex-moradora do bairro e mestra em intervenção social, cultura e diversidade, pela Universidade Pablo de Olavide (Espanha). Foram escolhidos 15 jovens e adultos, a maioria pretos e pardos.

“Conhecer o território, sua cultura organizacional, seus atores, são fatores fundamentais para a mobilização. Para isso, usei três critérios: ser artista, morar no território, fazer parte de linguagens artísticas diferentes. A ideia era ter representantes de segmentos dentro do curso para que sejam multiplicadores. Os convites contemplaram artistas que moram em regiões diferentes do território, isso também fez parte da organização do chamamento. A busca é por um mapeamento”, ressalta Viviane.

O projeto é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, operacionalizado pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult).


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