Operação "Blefe"
Foragido de operação em Maceió morre em confronto com a polícia em Goiás
Organização se estabeleceu na capital alagoana para lavar dinheiro proveniente de crimesO criminoso foragido da Operação "Blefe", realizada na quinta-feira, 11, em Maceió, foi localizado em Trindade, Goiás, no mesmo dia, e morreu após confronto com policiais militares. A informação foi revelada nesta sexta-feira, pela Polícia Federal. A ação, em Maceió, resultou na prisão de um suspeito e na morte de outro após troca de tiros em um condomínio, no bairro da Jatiúca.
Joseval Torres Santana Filho, integrante de uma facção criminosa e segurança de Rubens Alves Gonçalves, vulgo "Sapatinho" ou "Pato", morto no prédio da Jatiúca, estava envolvido no tráfico de drogas no oeste baiano. A PF explicou que o grupo usava falsas identidades para fugir da Justiça e para aquisição de bens em nome de terceiros. A lavagem de dinheiro está sendo investigada.
A PM de Goiás informou que Joseval estava em uma casa na cidade do interior goiano. Após a entrada da equipe na residência, ele tentou fugir pulando muros e, em seguida, atirou contra os policiais, que revidaram. Ele foi baleado e morreu no local, apesar do socorro médico acionado.
A arma utilizada pelo criminoso, um revólver calibre 38, foi apreendida pela polícia e direcionada para delegacia. A ação em Trindade contou com a participação do 16º Comando Regional da Polícia Militar e da 9ª Companhia Independente da Companhia de Policiamento Especializado.
Operação "Blefe"
Segundo a Polícia Federal, o objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa que se estabeleceu na capital alagoana com o propósito de lavar dinheiro proveniente de outros crimes. O cumprimento dos mandados buscou reprimir as atividades da organização criminosa e reunir provas adicionais dos crimes cometidos em Alagoas, além de identificar outros envolvidos na lavagem de dinheiro.
As investigações começaram após a descoberta de que membros de uma facção criminosa que domina o tráfico de drogas no oeste baiano haviam se estabelecido em Maceió, utilizando identidades falsas para evitar a Justiça e adquirir bens em nome de terceiros.
Durante as diligências, os policiais confirmaram a utilização de documentos falsos e descobriram que um dos investigados estava foragido da Justiça paraibana. Além disso, apurou-se que os suspeitos, apesar de não possuírem emprego formal ou fontes de renda lícita, ostentavam um estilo de vida luxuoso, frequentando restaurantes de praia sofisticados e utilizando carros importados de alto valor.
Os envolvidos são investigados por lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e participação em organização criminosa, crimes previstos nos artigos 1º da Lei nº 9.613/98, artigo 299 do Código Penal e artigo 2º da Lei 12.850/13. Se condenados, podem enfrentar penas que ultrapassam 20 anos de reclusão, dependendo do grau de participação de cada um.