caso kleber malaquias

Promotores acusam defesa de agir de forma antiética para adiar julgamento

Membros do MPAL dizem que novos depoimentos foram apresentados tardiamente
Por Maria Salésia e José Fernando Martins 17/07/2024 - 10:32

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Empresário Kleber Malaquias foi executado a tiros
Empresário Kleber Malaquias foi executado a tiros

O julgamento dos acusados pelo homicídio do empresário Kleber Malaquias, previsto para ocorrer nesta quarta-feira, 17, foi adiado para 19 de setembro. 

A decisão foi tomada pelo juiz Braga Neto, da 8ª Vara Criminal da Capital, para análise dos novos depoimentos e provas apresentados pela defesa na véspera do julgamento.

Segundo a promotora de Justiça Lídia Malta, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) vê o adiamento de forma negativa, atribuindo-o a uma manobra antiética da defesa que apresentou novos depoimentos tardiamente. 

Opinião semelhante a do promotor Kleber Valadares, que criticou a defesa por não ter juntado esses documentos dentro do prazo estipulado.

O crime pelo qual os réus são acusados envolve a morte de Kleber Malaquias, conhecido por suas denúncias contra autoridades políticas. 

O assassinato foi meticulosamente planejado, envolvendo adulteração de placas de veículos e linhas telefônicas para ocultar as comunicações entre os envolvidos.

A defesa

O advogado Fernando Falcão, justificou que: "Não foi a defesa que produziu essas novas provas. O delegado da Polícia Civil, responsável pelo inquérito que ainda investiga a autoria intelectual do assassinato de Kleber Malaquias, ouviu mais três pessoas que descreveram uma dinâmica completamente diferente do que havia sido apurado até então".

"Basta lhe dizer que um dos réus desse processo, pela primeira vez, confessou que estava presente lá no local em que Kleber foi morto e disse objetivamente quem foi o atirador. E o atirador não é uma dessas pessoas que foi denunciada nesse processo", destacou.

E finalizou: "O que me impressiona é o Ministério Público em dizer que essa prova foi juntada em momento extemporâneo e quando é, em verdade, o importante do processo penal é apurar a responsabilidade de quem de fato deva ser condenado".

O caso

Três do seis acusados, Fredson José dos Santos, Edinaldo Estevão de Lima e José Mario de Lima Silva iriam enfrentar hoje, 17, o júri popular no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, localizado no Barro Duro, em Maceió.

Segundo as investigações, Fredson teria sido o executor do crime, enquanto José Mario e Edinaldo são acusados de participação no homicídio. 

O mandante do crime ainda é um mistério.Os promotores de Justiça Tácito Yuri, Lídia Malta e Kleber Valadares solicitam a condenação dos três por homicídio duplamente qualificado, devido à impossibilidade de defesa da vítima e ao crime cometido mediante promessa de recompensa.


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