O empresário baiano Igor Costa Campos, suspeito de agredir Hilda Francine, de 27 anos, que teria se jogado de um prédio em 9 de junho, foi solto. A mulher, grávida do suspeito, perdeu o bebê com a queda. Campos foi preso em flagrante, mas teve a prisão preventiva revogada no dia 11 de julho pelo juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira.

A decisão judicial considerou o caráter excepcional da custódia provisória e a ausência de risco concreto à ordem pública. O juiz afirmou que a manutenção do cárcere não era razoável, dado que o acusado não possuía outros registros criminais e não havia indícios concretos de reiteração delitiva. Medidas cautelares foram impostas para proteger a vítima.

''Meras suposições acerca do risco à ordem pública e à probabilidade de reiteração criminosa, sem qualquer circunstância concreta nesse sentido, não são fundamentos idôneos para sustentar o decreto da prisão preventiva, a qual, repita-se mais uma vez, é medida excepcional'', diz trecho da decisão.

Hilda Francine teve alta médica e está sendo acompanhada por uma equipe de saúde em Alagoas. Ela passará por uma avaliação ortopédica devido à dificuldade de locomoção. A advogada Sibele Soares informou que a jovem recebe apoio da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas. Fernando Soares, outro advogado da vítima, confirmou a soltura do suspeito, sem detalhar as medidas cautelares.

O incidente ocorreu em um condomínio de luxo na Avenida Luís Viana Filho, em Salvador. Hilda pulou do quinto andar para escapar das agressões, caindo sobre um deck de madeira, o que amorteceu a queda. Ensanguentada, foi atendida consciente pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada para um hospital da cidade, recebendo alta no dia seguinte.