CASO KATHARINA
Polícia ouve pai da menina morta por enforcamento e decide manter inquérito
Depoimento não foi conclusivo e polícia decide ouvir novas testemunhas para esclarecer o casoO depoimento do pai da menina Maria Katharina Simões da Costa, encontrada no último dia 8 de julho sem vida no estábulo da fazenda da família, em Palmeira dos Índios, não foi conclusivo ou suficiente para a polícia encerrar as oitivas sobre o caso. Novos depoimentos serão tomados pela polícia, que ainda decide se vai solicitar a reprodução simulada do caso, numa tentativa de entender a dinâmica dos fatos e esclarecer a morte da criança.
O pai de Maria Katharina prestou depoimento à equipe da 5ª Delegacia Regional de Palmeira dos Índios nesta quinta-feira,25. As informações da polícia indicavam inicialmente que ele seria a última pessoa a ser ouvida no inquérito que apura a morte da menina, uma peça-chave para conclusão das investigações. A polícia já colheu depoimentos da mãe da vítima e de professores da escola onde a menina estudava.
Maria Katharina foi descrita como uma criança feliz, educada e sociável por profissionais da escola. Porém, a linha de investigação da polícia inclui a possibilidade de suicídio. A menina foi encontrada com cordas presas ao corpo. O perito médico legista, Francisco Milton, responsável pelo exame cadavérico no corpo, esclareceu os principais pontos encontrados durante a necropsia.
Segundo ele, não foram identificadas no corpo da criança lesões de defesa ou sinais de tortura no exame pericial realizado. Maria Katharina morreu por asfixia por enforcamento. “Com relação à necropsia em si, não encontramos nenhuma lesão de defesa, nem sinais de tortura. Encontramos aqueles sinais típicos de enforcamento, como o sulco no pescoço, e a infiltração sanguínea na musculatura”, disse o perito.
No dia em que prestou depoimento à polícia, a mãe de Maria Katharina solicitou à justiça medidas protetivas contra o marido sob a justificativa de violência doméstica. O casal estava separado e a mulher se preparava para pedir o divórcio. No dia da morte da criança, que tinha 10 anos, ela foi avisada pelo marido que havia deixado Katharina sozinha na fazenda. Segundo depoimento dela, ao chegar à casa o portão estava fechado e ninguém foi atendê-la. Ela então contornou a área e pulou o muro, encontrando o corpo de Katharina no estábulo.
A menina foi levada para socorro numa unidade de saúde da cidade, mas já deu entrada no local sem vida.