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Pressão bolsonarista sobre Lira complica sucessão na presidência da Câmara

Lira não se comprometeu a levar o projeto de anistia ao plenário
Por Redação 09/09/2024 - 14:39

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Mário Agra/Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira

Em meio à disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, o apoio da bancada do PL ao candidato Arthur Lira (PP-AL) está condicionado à discussão de um projeto de lei que anistia os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. As informações são do site Valor Econômico. 

No Dia da Independência, em São Paulo, manifestantes bolsonaristas deixaram claro que a bancada do PL, a maior da Casa, só apoiará Lira se ele se comprometer a pautar a proposta de anistia. Lira e outros candidatos ao cargo, no entanto, evitam se posicionar publicamente sobre essa questão devido à necessidade de garantir votos tanto da base governista quanto dos bolsonaristas.

Na semana passada, o vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (SP), retirou sua candidatura e declarou apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB). Motta é visto como o candidato preferido de Lira, embora o apoio não tenha sido formalizado publicamente.

A pressão dos aliados de Bolsonaro é intensa, com pedidos para que os postulantes à presidência da Câmara se comprometam com a pauta em troca dos 92 votos do PL. A federação PT, PV e PCdoB possui 80 votos.

Atualmente, Lira não se comprometeu a levar o projeto de anistia ao plenário e não planeja fazê-lo até o fim de seu mandato, em janeiro de 2025. A manifestação de 7 de setembro e a iminente votação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aumentam a pressão sobre os candidatos à sucessão de Lira.

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