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PM alagoano é investigado por acessar dados pessoais de Alexandre de Moraes

Servidor usou sistema vinculado a funcionários públicos para checar informações
Por Redação 11/09/2024 - 07:38

ACESSIBILIDADE

Agência Brasil
Alexandre de Moraes
Alexandre de Moraes

Entre janeiro e março de 2024, o CPF do ministro Alexandre de Moraes foi consultado indevidamente sete vezes no sistema Infoseg, por meio de logins vinculados a servidores públicos em São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Alagoas. A Polícia Federal está investigando o caso, que inclui um soldado da Polícia Militar de Alagoas, suspeito de acessar os dados do ministro no dia 24 de março. As informações são do UOL.

A investigação, iniciada em março, busca esclarecer o vazamento de informações sigilosas e o uso irregular do Infoseg por uma rede de 25 servidores, entre os quais se encontram policiais, membros do Ministério Público e um juiz de São Paulo. O sistema Infoseg, que armazena dados sensíveis de segurança pública, foi utilizado de maneira imprópria para obter informações pessoais, como endereços, telefones e registros de veículos e armas em nome de Moraes.

A ação faz parte de um inquérito mais amplo que também investiga o vazamento de dados de delegados da Polícia Federal, de Alexandre de Moraes e de um empresário, em um esquema supostamente destinado a expor e intimidar essas autoridades na internet. Os 25 servidores investigados são suspeitos de terem permitido, conscientemente ou não, o acesso às suas credenciais, que teriam sido utilizadas por hackers para realizar consultas no sistema.

Entre os casos identificados, destaca-se o de um juiz do Tribunal de Justiça de São Paulo, cujo login foi utilizado para realizar 4.122 consultas em um único dia, 26 de março de 2024. Em outro exemplo, um policial militar de Goiás fez 17.792 consultas no sistema apenas em agosto de 2021. O inquérito foi desencadeado após a PF identificar perfis nas redes sociais que promoviam um "projeto" chamado Exposed, cujo objetivo era investigar e expor policiais federais que cumpriam ordens do ministro. 

Um dos envolvidos é o blogueiro Allan dos Santos, atualmente foragido. Segundo as investigações, o grupo chegou a oferecer US$ 5 milhões a uma delegada federal para fornecer provas contra um escritório de advocacia ligado a Moraes. As revelações embasaram a decisão de Alexandre de Moraes de bloquear a plataforma X no Brasil, devido ao uso das redes sociais para ameaçar e coagir delegados federais. Contudo, a plataforma X não cumpriu a ordem de bloqueio das contas indicadas na decisão.


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