ACIDENTES

Violência no trânsito leva 3,9 mil pessoas ao HGE este ano

Número é considerado elevado e reflete a imprudência dos condutores e pedestres
Por Redação 11/10/2024 - 06:42

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Ascom HGE
Amauri Clemente, cirurgião geral do HGE, em Maceió
Amauri Clemente, cirurgião geral do HGE, em Maceió

A violência no trânsito levou este ano 3.984 vítimas ao Hospital Geral do Estado (HGE). De janeiro a setembro, as equipes atenderam 1.819 feridos em colisões, 1.535 em acidentes de moto, 337 em atropelamentos, 192 vítimas de acidentes com bicicleta e 101 em capotamentos.

O quantitativo é considerado muito elevado na avaliação do cirurgião geral Amauri Clemente, que atua na unidade. Ele reconhece que o problema de violência no trânsito é mundial e reflete a imprudência e o desrespeito às normas que ainda persistem por parte dos cidadãos que conduzem os veículos e também os pedestres, que trafegam pelas vias.

"Falta de cortesia, uso do aparelho celular, excesso de velocidade, desuso dos equipamentos de proteção, falta de sinalização e até deslocamento em local proibido continuam sendo relatados pelos pacientes que chegam ao HGE. Os motociclistas têm sido as principais vítimas dessa violência, por vezes embalados por uma pressa e por uma sensação de esperteza, que acabam terminando em tragédia”, pontuou Amauri Clemente.

O cirurgião cita como exemplo o caso de um menor de 15 anos, admitido no HGE na quarta-feira (9), após sofrer uma colisão quando dirigia a moto de seu pai, sem autorização. A mãe, Rute Moreira, de 52 anos, afirma que não viu quando o filho saiu com o veículo, apesar dele já ter pilotado em outros momentos. A descoberta se deu com a chegada da notícia do acidente, que ocorreu na Avenida Rui Palmeira, no Vergel do Lago, bairro da capital.

O rapaz pegou a moto para ir à padaria e de lá decidiu dar uma volta pela orla lagunar. Quando foi ultrapassar um carro, o motorista decidiu entrar na rua, mas não sinalizou que iria fazer isso. Então ele bateu com a moto e foi jogado na pista. O menor teve fratura no fêmur e no acetábulo direito.

“Por vezes estamos corretos, mas alguém que não tem o mesmo cuidado põe tudo a perder. Desse modo, é preciso que todos adotem práticas que minimizem o risco de acidentes. Vale lembrar que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), permitir que uma pessoa menor de idade dirija um veículo é uma infração gravíssima e o proprietário do veículo, ou a pessoa habilitada que permitiu a direção, pode responder criminalmente”, pontuou o cirurgião do HGE.


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