sem planejamento

Sindicato repudia fechamento de ambulatórios em Maceió: povo desassistido

Anúncio pegou funcionários e pacientes de surpresa; atividades serão encerradas nesta quinta-feira
Por Tamara Albuquerque 30/10/2024 - 13:55

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Sesau
Ambulatório Noélia Lessa atende 24 horas, mas vai ser fechado para reforma
Ambulatório Noélia Lessa atende 24 horas, mas vai ser fechado para reforma

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) anunciou nesta quarta-feira,30, a suspensão do funcionamento dos ambulatórios Denilma Bulhões, localizado no Benedito Bentes, e Noélia Lessa, no bairro da Levada, em Maceió. O motivo é o início de obras na estrutura dos prédios, cuja previsão de encerramento é para 12 meses. As duas unidades são importantes e concentram boa parte de atendimentos na rede de assistência do SUS em Maceió.

Durante esse período de fechamento das unidades, que começa nesta quinta-feira,31, a Sesau orienta que os pacientes procurem atendimento em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da rede referenciada. Com a reforma, os servidores das duas unidades serão remanejados para outros setores de saúde administrados pelo Estado, a fim de garantir a continuidade do atendimento em outras unidades, segundo o governo.

A decisão de fechamento, ainda que temporário, dos ambulatórios não agradou nem aos funcionários nem à população. O Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Sindprev/AL) distribuiu nota repudiando a decisão pela Saúde. O sindicato afirma que o encerramento das atividades no Ambulatório Noélia Lessa por um ano, não tem justificativa, pois o prédio passou por recente reforma.

O sindicato diz que a medida é um flagrante desrespeito às necessidades da população e dos trabalhadores. Afirma que "os dois ambulatórios representam, muitas vezes, a primeira e a única opção de socorro para milhares de pessoas. Acolhem pacientes de todas as idades, oferece suporte às famílias e atende as urgências que não podem esperar".

Na nota, o Sindprev/AL afirma que com o fechamento, o sofrimento da população da população será multiplicado, especialmente para os mais vulneráveis, que já enfrentam dificuldades para acessar serviços de saúde em outros locais, na maioria das vezes distantes. "É necessário que as autoridades revejam essa decisão ou, no mínimo, providenciem alternativas eficazes e acessíveis para que a população não seja desamparada".

Já o secretário de Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou o compromisso do governo Paulo Dantas em aprimorar a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população, com foco na rede de média e alta complexidade, que é de responsabilidade estadual. Ele lembrou ainda a divisão de competências na gestão tripartite da saúde, que envolve municípios, Estado e União.


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