Explosão em residencial
Polícia Científica conclui hoje perícia no prédio que desabou após explosão
Trabalho deve identificar o epicentro da ocorrência; onze botijões de gás foram recolhidos da áreaO Instituto de Criminalística de Maceió conclui nesta sexta-feira,8, a perícia nos destroços do prédio que ruiu após forte explosão na madrugada de ontem no bairro Cidade Universitária, em Maceió.
Os trabalhos serão retomados no início da manhã com objetivo de identificar com precisão o local do epicentro e traçar a dinâmica de como ocorreu a explosão. A hipótese avaliada é que a explosão tenha ocorrido por vazamento em botijão de gás de cozinha. Três pessoas morreram no local e outras cinco ficaram feridas e foram encaminhadas ao Hospital Geral do Estado (HGE).
O perito criminal Gerard Deokaran, especialista em explosivos, explicou que durante a primeira parte da perícia na quinta-feira foram encontrados vários vestígios. A equipe conseguiu coletar na região do epicentro da explosão e acondicionar duas amostras de gás que serão encaminhadas ao Laboratório de Química Forense, como também conseguiram coletar mais quatro amostras de gás dos botijões encontrados na cena. Pelo menos 11 botijões foram retirados das ruinas do prédio.
“A gente encontrou cinco botijões grandes, seis pequenos, seis mangueiras e uma válvula. Todo esse material foi coletado e a gente vai agora fazer os exames complementares. Nesta sexta, retornaremos para buscar os crateramentos no solo, para fazer a reconstituição da cena e a finalização dos exames, e para saber se também tem mais botijões nos escombros do imóvel” explicou o perito.
Gerard Deokaran confirmou que foram feitas coletas de vestígios biológicos para que a perícia possa traçar a dinâmica do posicionamento das vítimas. Em relação às vítimas, o perito criminal destacou que todas elas estavam dentro do raio de sobrepressão da onda de choque gerada pela explosão.
As vítimas fatais da tragédia foram identificadas como Gilvan da Silva, de 57 anos, Wesley Lopes da Silva, de 36 anos, e Tharlysson Felipe da Silva Ferreira, de 10 anos. Após os exames de necropsia no IML Estácio de Lima os corpos foram liberados para sepultamento, que devem ocorrer nesta sexta-feira.
Moradores do residencial Maceió I relataram à imprensa que Gilvan da Silva revendia o gás de forma clandestina. Os peritos também trabalham com a possibilidade da troca de um botijão comum de GLP, de 13 kg, para um menor, que, segundo a tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Viviane Suzuki, não possui válvula de alívio.
“Qualquer pressão maior nesse botijão tende a rasgar as paredes e gerar uma explosão, juntamente com a questão do acúmulo de gás no cômodo. Essa explosão pode ter sido gerada pelo acúmulo de gás”, disse a militar.