Tragédia em Maceió
Explosão: vítima passa por cirurgia após apresentar hemorragia craniana
Rapaz de 18 anos apresenta quadro com maior gravidade entre as vítimas sobreviventesO Hospital Geral do Estado (HGE) não vai divulgar boletim médico sobre o estado de saúde das vítimas da explosão ocorrida nesta madrugada no conjunto residencial Maceió I, localizado no bairro Cidade Universitária. Familiares das quatro pessoas que foram encaminhadas ao hospital pediram à instituição que não fornecessem informações sobre os pacientes. A explosão com o consequente desabamento do prédio aconteceu antes das 5 horas da manhã desta quinta-feira. Três pessoas morreram no local.
Socorristas do Samu Alagoas realizaram os primeiros atendimentos nas vítimas feridas. A primeira delas é uma mulher com idade aproximada de 51 anos. Ela apresentava queimaduras na face, membro superior direito e no dorso. A segunda vítima, do sexo masculino, tem apenas 8 anos de idade e apresentava queimaduras na face, além de fratura no braço esquerdo. Já a terceira vítima é um adolescente de 18 anos e estava com ferimentos corto-contuso na cabeça e no membro superior esquerdo. Além deles, outra vítima de 15 anos também foi internada no HGE.
As vítimas receberam o atendimento emergencial, foram estabilizadas e encaminhadas ao HGE, onde deram entrada na Área Vermelha Trauma.
O coordenador clínico do Samu Alagoas, médico Simão Pedro Tavares, destacou que as equipes do órgão fizeram o esforço possível para salvar as vítimas, que sofreram queimaduras e politraumas. O rapaz de 18 anos, chamado Tayrone, foi a vítima com maior gravidade de ferimentos. Segundo a mãe dele, dona Maria Betânia, o rapaz teve ferimentos na cabeça e apresentava uma hemorragia. Ele foi encaminhado para procedimento no centro cirúrgico.
Os nomes das vítimas fatais foram divulgados logo cedo pelo EXTRA: Gilvan da Silva, Tarlison Felipe, de 12 anos e Wesley Lopes da Silva.
Como medida preventiva, a Defesa Civil interditou 20 apartamentos em cinco blocos próximos ao edifício afetado pela explosão. De acordo com a superintendência do órgão, a interdição visa garantir a segurança dos moradores da área, após o grave incidente que abalou a comunidade e levantou questões sobre a integridade estrutural dos prédios vizinhos. As causas da explosão ainda estão sendo investigadas, apesar das informações extraoficiais de que a explosão ocorreu após o morador manipular um botijão de gás de cozinha, e equipes de segurança e especialistas foram acionados para avaliar os riscos e realizar perícias no local.
Sobre o imóvel
O prédio que desabou após a explosão fica localizado no bairro Cidade Universitária entre a Universidade Federal de Alagoas e o Aeroporto Zumbi dos Palmares, fazendo parte de um empreendimento do programa Minha Casa, Minha Vida da faixa 1, a mais popular.
A construtora da obra, Telesil, anunciou por ocasião da inauguração que foi utilizado nos imóveis o método de paredes de concreto celular moldadas in loco, que oferece economia de escala, redução do prazo de construção, qualidade, conforto térmico e acústico. O empreendimento foi aprovado e construído nos padrões da qualidade exigidos pela Caixa Econômica Federal.