REIVINDICAÇÃO SALARIAL

Polícia Científica: 20 servidores pedem exoneração e travam IML de Maceió

Decisão afeta atividades essenciais também no Instituto de Criminalística
Por Mônica Lima/Assessoria 16/12/2024 - 17:14

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Entrega de cargos deve atrasar serviços no IML de Maceió
Entrega de cargos deve atrasar serviços no IML de Maceió

A recusa do governo do estado em abrir um canal de negociação levou 20 servidores da Polícia Científica de Alagoas a pedirem exoneração dos cargos de chefia. A categoria, que não é beneficiada por reajuste salarial há 10 anos, reivindica a incorporação da Bolsa Qualificação na classe inicial de cada cargo e também a correção do percentual de interstício de dispersão entre as classes das carreiras, igualando às outras categorias da Secretaria de Segurança Pública.

O pedido de exoneração foi efetivado por 8 profissionais do Instituto de Criminalística e 12 do Instituto Médico Legal. A tendência é que outros profissionais entreguem os cargos de chefia no decorrer desta semana. A decisão pode implicar em atraso na oferta de serviços dos órgãos à população.

A decisão dos servidores que oficializaram a entrega foi oficializada em ato realizado no Instituo Médico Legal. O vice-presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais de Alagoas, Victor Cavalcante, informou que apesar de terem realizado uma paralisação de 48 horas, entre quinta e sexta-feira da semana passada, o governo continua ignorando o pleito dos servidores.

“Apesar da paralisação que realizamos, como advertência, o governo continua sem atender nossas reivindicações, principalmente a questão da incorporação da Bolsa Qualificação, prevista para ser encerrada em fevereiro de 2025”, frisou o sindicalista.

Com a entrega dos cargos de chefia poderá ocorrer atraso em serviços prestados à população, como realização de exames e liberação dos corpos e equipamentos,  uma vez que não haverá profissionais para autorizar os procedimentos. Além de existirem carências de equipamentos básicos de segurança, como luvas e máscaras adequadas, Victor Cavalcante afirmou que entende os transtornos que a medida causará à sociedade, mas a situação dos servidores está insustentável.

Desde 2023 o processo para conceder as reivindicações dos profissionais está em tramitação e passou por todos os órgãos para aprovação, mas o governo não apresentou disposição em negociar com os servidores. No encontro, realizado semana passada com a secretária da Fazenda, Renata dos Santos, não houve avanços.

A Bolsa Qualificação foi concedida como um benefício temporário e a promessa de ser incorporada aos salários. Ela será encerrada em fevereiro do próximo ano e, trará prejuízo aos servidores, que terão uma redução em seus salários.

Ilegalidade da Paralisação

Sobre a ilegalidade da paralisação decretada pelo desembargador Carlos Cavalcanti de Albuquerque, Victor Cavalcante, disse que o sindicato não tinha recebido a notificação. "Seguimos todos os procedimentos dentro do que prevê a constituição, mantendo os 40% das atividades, percentual acima do mínimo previsto pela legislação”, finalizou.



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