Economia

Construção Civil aquece e emprega mais de 2,6 mil trabalhadores em Alagoas

Vendas no mercado imobiliário crescem e Maceió se destaca entre as capitais com bom desempenho
Por Tamara Albuquerque 29/12/2024 - 09:31

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Assessoria
Maceió registrou valorização de 8,77% nos preços dos imóveis para venda
Maceió registrou valorização de 8,77% nos preços dos imóveis para venda

O ano de 2024 chega ao final com desempenho positivo da Construção Civil. A previsão da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) é crescimento de 4,1% nas atividades do setor. Porém, a entidade entende que a expectativa para 2025 é de desaceleração, com uma previsão inicial de 2,3%. O aumento nos custos com mão de obra e materiais, aliado às taxas de juros elevadas, são fatores que podem impactar os resultados de 2025.

Na avaliação de Renato Correia, presidente da CBIC, o segmento avançou bastante desde a pandemia e ainda há espaço para expansão. O bom desempenho do segmento em 2024 foi impulsionado pelo aquecimento do mercado imobiliário, pela retomada de obras do Programa Minha Casa, Minha Vida, pelas obras relacionadas ao ano eleitoral, pelo dinamismo do mercado de trabalho e pela recuperação da economia brasileira.

Alagoas

Em Alagoas, o desempenho da construção Civil pode ser medido pelo quantitativo de vagas abertas entre janeiro e outubro deste ano. Foram 2.660 novos postos de trabalho, dos quais 2.153 em Maceió, número maior que em Guarulhos (1.749 vagas) em São Paulo e São Luís (2.153) no Maranhão, por exemplo.

O desempenho também pode ser observado na análise da produção nacional dos insumos do setor e nas vendas do comércio varejista, que registraram alta de 5,3% e 5,0% de janeiro a outubro em relação a igual período do ano anterior. O desempenho positivo do comércio varejista de materiais de construção no país indica crescimento de pequenas obras e reformas.

“Os bons resultados também podem ser notado também nas vendas de cimento, no período acumulado de dezembro de 2023 a novembro de 2024. No mercado interno, foram 64,5 milhões toneladas, o que corresponde a uma alta de 4% em relação a igual período do ano anterior. E de janeiro a novembro, as vendas foram de 60 milhões [de toneladas], uma alta de 4% considerando igual período do ano anterior”, segundo a CBIC.

Os dados do mercado de trabalho da Construção demonstram que o bom desempenho da Construção Civil alcança praticamente todo o País. Somente dois estados (Piauí e Mato Grosso do Sul) apresentaram números negativos.

Mercado imobiliário e vendas

O mercado imobiliário também cresceu no período avaliado. De janeiro a setembro, as vendas de apartamentos novos aumentaram 20%, com 292.557 unidades comercializadas, enquanto os lançamentos cresceram 17,3%.

O financiamento imobiliário também avançou: o FGTS financiou, nos primeiros dez meses de 2024, 516.207 unidades (alta de 28,1%), movimentando R$ 107,3 bilhões (crescimento de 37,8%), em comparação ao mesmo período de 2023. Já o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo financiou 469.531 unidades (alta de 12,7%), somando R$ 154,1 bilhões (aumento de 22,6%).

No balanço parcial de 2024, o Índice FipeZAP de Venda Residencial acumula até o mês de novembro uma valorização de 7,03% no ano, resultado que se manteve acima da variação dos preços da economia, segundo o IGP-M/FGV (+5,55 %), assim como da inflação ao consumidor (+4,53%).

Em termos geográficos, a valorização imobiliária abrangeu 55 das 56 cidades monitoradas em 2024, incluindo todas as 22 capitais: Maceió registrou valorização de 8,77% nos preços dos imóveis para venda. O percentual está acima do constatado em Natal (+8,66%); Florianópolis (+8,49%); Manaus (+7,23%); Recife (+6,54%); São Paulo (+6,02%); Porto Alegre (+5,91%); Campo Grande (+3,09%); Rio de Janeiro (+2,86%); Brasília (+2,62%).

Com base em informações da amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda em novembro/2024, o preço médio calculado no âmbito do Índice FipeZAP foi de R$ 9.306/m². Imóveis residenciais com um dormitório se destacaram pelo preço médio de venda relativamente mais elevado (R$ 10.977m²), contrastando com o menor valor identificado entre unidades com dois dormitórios (R$ 8.297/m²).

Vitória (ES) apresentou o valor médio por metro quadrado mais elevado na amostra do último mês (R$ 11.968/m²), sendo seguida por: Florianópolis (R$ 11.704/m²); São Paulo (R$ 11.317/m²); Curitiba (R$ 10.587/m²); Rio de Janeiro (R$ 10.262/m²); Belo Horizonte (R$ 9.250/m²); Brasília (R$ 9.226/m²) e Maceió (R$ 9.030/m).

Os bairros mais representativos no cálculo do Índice FipeZAP para Maceió foram: Pajuçara (R$11.972 m²), Ponta Verde (R$ 10.237 m²), Jacarecica (R$ 9.970 m²), Jatiúca (R$9899 m²) e Cruz das Almas (R$9.021 m²).


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