CRIME
Ministério Público leva à condenação acusado de homicídio após duas décadas
O crime foi cometido na frente do filho da vítima de apenas sete anos
A família da vítima esperou 17 anos, com provas, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) foi convincente na acusação, tendo à frente a promotora de Justiça Adilza Freitas, e levou Alex Marques Lima dos Santos a uma condenação de 28 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pela morte de Adriano Araújo dos Santos. O Conselho de Sentença acatou as qualificadoras sustentadas de crime por motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Um crime cometido à traição, na frente do filho da vítima de apenas sete anos, e nas proximidades da casa de uma tia, para onde teria ido com o intuito de pegar um tênis emprestado, pois começaria em um novo trabalho no dia seguinte. Porém, quando estava ao retornando, Adriano Araújo foi surpreendido por um grupo que já estaria de tocaia para matá-lo. A princípio ele foi agredido por socos, pauladas e golpes de facão e machado, sendo quase socorrido por uma prima. Mas o assassino, mesmo não tendo participado do espancamento e golpes, foi ao local e percebendo que ainda estava com vida pegou uma arma de fogo e deflagrou três tiros contra a sua cabeça quase atingindo a moça.
Consta nos autos que Alex Marques Lima dos Santos era pessoa temida por familiares da vítima e que, em todos esses anos, quase duas décadas, costumava circular onde eles residem debochando por estar livre e afirmando que jamais seria preso. E que se fosse denunciado mataria todos, inclusive as crianças. À época, além do filho de sete anos, Adriano tinha um filho recém-nascido.
O crime
Concluídas as investigações e com informações reforçadas em depoimentos de testemunhas, principalmente familiares da vítima, a motivação do crime bárbaro teria sido um desentendimento entre Adriano Araújo dos Santos e o avô do criminoso, conhecido como “tonho do pó”. Pelo modus operandi é perceptível que o homicídio foi minunciosamente planejado com requintes de crueldade.
Adriano tinha ido visitar os familiares com o filho e, por volta das 21h46 , ao passar pela Rua Jaime Fragoso, no bairro do Jacintinho, em Maceió, foi emboscado. Uma prima da vítima presenciou as agressões e percebendo a fuga dos agressores correu para tentar socorrê-la acionando o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Porém, insatisfeito, Alex Marques voltou e garantiu a execução com o uso de uma arma de fogo.