Crime de mando
Caso Kleber Malaquias: quatro acusados vão a júri nesta segunda
Empresário, conhecido por suas denúncias contra políticos, foi assassinado em RIo Largo
Nesta segunda-feira, 17, a partir das 8h, quatro dos réus denunciados pela morte do ativista político Kléber Malaquias sentarão no banco dos réus. Ao todo, sete pessoas são acusadas pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) pelo assassinato da vítima, dentre elas, agentes e ex-agentes da segurança pública de Alagoas.
Sentam no banco dos réus nesta segunda-feira os acusados: Fredson José dos Santos, Edinaldo Estevão de Lima, José Mario de Lima Silva e Marcelo José Souza da Silva.
Kleber Malaquias foi assassinado com dois tiros no dia de seu aniversário, em 15 de julho de 2020, dentro do Bar da Buchada, localizado na Avenida Teotônio Vilela, na Mata do Rolo, em Rio Largo. A vítima era conhecida por fazer diversas denúncias contra políticos e por fornecer informações ligadas a essas mesmas denúncias à polícia e ao MPAL.
No papel da acusação estarão os promotores de Justiça Lídia Malta e Thiago Riff, que sustentam a tese de homicídio duplamente qualificado, por impossibilidade de defesa da vítima e por ter sido cometido mediante promessa de recompensa. Em razão da complexidade do caso, o julgamento foi desaforado para Maceió.
O júri ocorrerá no plenário da 8ª Vara Criminal da capital, no Fórum Desembargador Maia Fernandes. Segundo a promotora de Justiça Lídia Malta, o contexto político do homicídio exigiu a transferência do local do julgamento.
O júri deveria ter ocorrido em 17 de julho do ano passado. No entanto, em decorrência de uma fraude processual, pela qual foi denunciado um delegado da Polícia Civil (PCAL) da cúpula da instituição, tornou-se necessária a redesignação da data.
A fraude foi descoberta pelo Ministério Público em cooperação com a Polícia Federal, que identificou a inserção de provas falsas no processo, atribuíndo a execução do crime a um policial já falecido. O agente de polícia civil, que desde o início das investigações figurava como suspeito, também foi denunciado pelo homicídio.