SAÚDE

Farmacêutica lança novo remédio contra psoríase no Brasil

O Sotyktu está disponível no país mas sua incorporação ao SUS depende de avaliação pela Conitec
Por Agências 16/02/2025 - 16:43
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Agencia Brasil
A psoríase é uma doença autoinflamatória, na qual por predisposição genética
A psoríase é uma doença autoinflamatória, na qual por predisposição genética

O Sotyktu é o mais novo remédio contra a psoríase disponível no Brasil. Produzido pela farmacêutica americana Bristol Myers Squibb (BMS), o fármaco mira uma parcela de 1,31% da população brasileira que sofre com a doença crônica. As informações são da Veja.

Durante seu período de testes clínicos o Sotyktu foi utilizado por mais de 1.600 pacientes com psoríases graves ou moderadas, com 58% dos voluntários apresentando uma redução de até 75% em suas lesões cutâneas após 16 semanas de uso. Outros 40% ainda atingiram uma melhora de 90%.

“O que observamos nos estudos é que os pacientes continuaram apresentando melhora significativa após um ano de uso, o que é importante para uma doença crônica como a psoríase, que exige controle contínuo“, destaca Gabriel Fernandes, dermatologista e gerente médico de Imunologia da BMS.

Uma pesquisa internacional sobre a psoríase, feita com 2.361 pessoas em 2018, revelou que a doença provoca grande impacto negativo na qualidade de vida de 71% dos pacientes brasileiros. A pesquisa ouviu homens e mulheres de 18 a 75 anos em 26 países. Sobre os resultados do tratamento, a remissão completa das lesões de pele é a principal expectativa para 73% dos pacientes. Mais da metade (58%) dos brasileiros afirmaram que a doença interfere negativamente em suas atividades profissionais.

O estudo, realizado pela Hall and Partners e denominado Closer Together, coloca o Brasil em segundo lugar no ranking das nações cujos pacientes relatam maior impacto da doença. Em primeiro lugar, aparece a Arábia Saudita.

Um dos grandes pontos de destaque do Sotyktu é a sua formulação única, que o coloca como o primeiro inibidor seletivo da tirosina quinase 2 (TYK2) aprovado no Brasil. Ele age bloqueando vias inflamatórias que contribuem para o surgimento e manutenção das lesões de psoríase.

Além disso, o fármaco aposta na praticidade, sendo administrado por via oral e não exigindo nenhuma condição específica de armazenamento. O formato é vantajoso, pois segue uma tendência de mercado evidenciada pela Ipsos, que aponta que 69% dos entrevistados preferem tratamentos orais.

Acesso ao medicamento no Brasil

Embora o Sotyktu já esteja disponível no país, sua incorporação ao Sistema único de Saúde (SUS) ainda depende de avaliação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Esse processo envolve a análise da eficácia, segurança e custo-benefício do medicamento.


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