O clima no plenário da 8ª Vara Criminal da Capital, no Fórum do Barro Duro, em Maceió, onde ocorre nesta segunda-feira, 17, o julgamentos de quatro réus acusados na execução do empresário Kleber Malaquias, tem momentos de tensão.

Um deles foi provocado pela advogada do réu Marcelo Souza, que pediu a promotora Lídia Malta que "baixasse o tom de voz, porque ela estava muito alterada". As duas se estranharam e o juiz Eduardo Nobre, que preside o julgamento, interveio e lembrou que não iria permitir que o caso "fosse ganho no grito".

Antes disso, o ex-delegado da Polícia Civil que presidiu o caso em 2020, Lucimério Campos, titular da Delegacia de Rio largo onde o crime foi executado, também se alterou quando denunciou no depoimento que houve interferência política para afastá-lo do caso e um advogado pediu que ele citasse nomes. 

O delegado disse que era um profissional técnico, que "tinha certeza" da interferência, mas usaria o direito de não falar os nomes. Perguntou, exaltado, se o advogado queria constrangê-lo ou colocá-lo em risco. Neste momento, o ambiente ficou em silêncio.

Os réus Edinaldo Estevão de Lima, José Mário de Lima Silva, Fredson José dos Santos e Marcelo José Souza da Silva permanecem em silêncio desde que entraram no local do julgamento. Neste momento, juiz, promotores e advogados estão ouvindo o depoimento de Wesley Daniel, filho da proprietária do bar (Bar da Buchada) onde Kleber Malaquias foi assassinado.

O empresário foi executado com dois tiros, no tórax e na têmpora, ao tentar ir ao banheiro do bar, para onde foi atraído pelos envolvidos na tocaia.