O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) convoca todos os 140 mil credores da empresa que tiveram seus imóveis destruídos pela extração irregular de sal-gema em cinco bairros de Maceió, inclusive as famílias que residem no entorno do desastre, para um encontro na próxima quarta-feira,20, onde haverá o lançamento de uma "carta aberta aos bancos credores da Braskem", e orientações sobre assuntos diversos.

O encontro ocorrerá na igreja comandada pelo pastor Wellington, que fica na rua Coronel lima Rocha, nº 800, no bairro do Pinheiro, um dos primeiros a apresentar os efeitos da mineração nos imóveis e na vida dos moradores. Segundo o idealizador da carta, economista Elias Fragoso, o documento que será entregue aos bancos credores - que estão em tratativas com a Braskem para sua negociação - tem objetivos específicos:

a) Alertá-los em relação ao tamanho real do passivo da empresa em Alagoas, muito aquém do que ela apregoa.

b) Notificá-los da exigência da participação dos maiores credores da empresa: as vítimas privadas do megadesastre que ela provocou em Maceió.

c) Chamar-lhes a atenção para o tamanho do mega passivo contraído pela Braskem, que não prescreve e;.

d) Informar-lhes da existência de proposta dos credores privados e da disposição de negociar o passivo da empresa para com eles.

No encontro, as vítimas do maior desastre urbano socioambiental do país terão conhecimento detalhado sobre cada ponto da carta. Fragoso lembra que a presença de todos é muito importante: "é a força da nossa comunidade e o motor que alimenta a todos nós envolvidos na defesa dos direitos dos alagoanos", enfatiza.