JÚRI
Kleber Malaquias: promotor sugere possível nova versão da Gangue Fardada
Dos quatro réus, três são agentes e ex-agentes da segurança pública de Alagoas
O julgamento de quatro acusados pela morte do empresário Kleber Malaquias, ocorrido em 15 de julho de 2020, foi classificado pelo promotor Thiago Riff como um divisor de águas. Segundo ele, o caso é emblemático e pode indicar a existência de uma nova versão da Gangue Fardada.
A Gangue Fardada atuou em Alagoas nos anos 90 sob o comando do ex-tenente-coronel Manoel Cavalcante. O grupo esteve envolvido em crimes como pistolagem, roubos de carros e assaltos. A comparação foi feita porque os réus incluem militares e ex-militares.
"Nossa função é que Justiça seja feita, apesar de atuar como órgão acusatório. Não somos protagonistas de nada [...] Talvez estejamos testemunhando uma nova versão da Gangue Fardada", disse durante sua fala.
Os acusados são José Mário de Lima Silva, sargento da PM, Fredson José dos Santos, ex-PM, Marcelo José Souza da Silva, PM da reserva e Edinaldo Estevão de Lima, apontado como quem atraiu a vítima. Todos negaram envolvimento no crime durante o julgamento.
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O segundo dia de julgamento ocorre no auditório do Fórum Desembargador Maia Fernandes, no Barro Duro, Maceió, com baixa presença de público. O juiz Eduardo Nobre iniciou a sessão pedindo respeito entre as partes e solicitando que o debate se mantenha no campo das ideias.
Na sessão de hoje, o júri entra em fase decisiva. O Ministério Público de Alagoas apresentará provas, seguido pelos debates entre defesa e acusação.