SAÚDE
Sesau reforça o alerta para os perigos do consumo do cigarro eletrônico
Produto oferece graves riscos à saúde e tem seu consumo e comercialização proibidos no Brasil
Não bastasse o consumo do cigarro convencional, tem se popularizado atualmente o uso do cigarro eletrônico, cuja comercialização, importação, armazenamento, transporte e a propaganda é proibida, conforme a resolução 855/2024 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo assim, o produto vem ganhando cada vez mais adeptos, principalmente entre os jovens, que muitas vezes desconhecem os efeitos extremamente nocivos para si e para os chamados fumantes passivos.
A assessora técnica do Programa Estadual do Combate ao Tabagismo, Tâmara Kely, explica que os riscos à saúde para quem opta pelo cigarro eletrônico são os mesmos dos causados por quem usa o cigarro convencional. Apesar disso, segundo ela, os fabricantes divulgam, erroneamente, que o cigarro eletrônico é uma opção mais saudável que os cigarros tradicionais.
“Os cigarros eletrônicos estão sendo vendidos como produtos modernos e inofensivos. Mas eles trazem riscos graves para a saúde, como dependência química, danos pulmonares, cardiovasculares e até psicológicos em longo prazo”, pontuou a assessora técnica do Programa Estadual do Combate ao Tabagismo.
BOMBA DE NICOTINA
Tâmara Kely reforçou que os cigarros eletrônicos, também conhecidos como Vapes, contém substâncias tóxicas causadoras de várias doenças. “A depender de seu tipo, um cigarro eletrônico pode ter a concentração de nicotina equivalente a de 20 cigarros convencionais, ou seja, é uma bomba de nicotina”, alertou.
Além dos riscos à saúde, o consumo desses produtos é ilegal no Brasil. Os cigarros eletrônicos são proibidos desde 2009 pela RDC n° 46, a qual foi atualizada em 2024 pela RDC n° 855. "Sabemos que a juventude é a época de descobertas, mas temos que conscientizar os jovens a viver de forma responsável, evitando produtos nocivos como os cigarros eletrônicos, que trazem mal para quem usa e para quem está próximo”, reforçou o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda.