Durante audiência em (21 de novembro de 2024), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes alertou Mauro Cid sobre a possibilidade de sua prisão caso não esclarecesse omissões em seu depoimento. A sessão ocorreu após a Polícia Federal (PF) indicar suspeitas de que Cid teria omitido informações em sua colaboração premiada.

De acordo com documento da PF enviado ao Supremo, investigações revelaram um suposto plano denominado "Punhal Verde e Amarelo", que teria como objetivo atentar contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes. Os agentes também identificaram ações de monitoramento do ministro do STF.

Antes do início da oitiva, Moraes reiterou os direitos e deveres firmados no acordo de colaboração de Cid. O ministro destacou que a concessão de benefícios dependia da efetividade das informações prestadas e reforçou que aquela seria a “última chance” do colaborador relatar os fatos integralmente.

Moraes afirmou que já havia um pedido da PF, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República, pela imediata prisão de Cid. Ele alertou que, caso as omissões não fossem sanadas, haveria possibilidade de retorno à prisão e revogação dos benefícios concedidos à sua família.

Entre os benefícios previstos no acordo estavam um limite de dois anos para a pena de Cid, a devolução de bens apreendidos e a extensão das vantagens para seu pai, esposa e filha maior de idade. Moraes enfatizou que a rescisão do acordo poderia resultar na responsabilização dos familiares do ex-ajudante de ordens.

Nos autos, Cid afirmou que não participou de qualquer planejamento de ações clandestinas para um golpe de Estado. Também declarou que as reuniões nos dias (12 e 28 de novembro de 2022) envolveram apenas manifestações de insatisfação política, sem planejamento de medidas para a concretização do golpe.