meio ambiente

Câmara de Maceió aprova audiência pública sobre megatorres na Lagoa da Anta

Debate, marcado para março, irá discutir os efeitos ambientais e urbanos da construção
Por Redação 28/02/2025 - 08:29
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Divulgação
Lagoa da Anta pode ser afetada pelo projeto imobiliário
Lagoa da Anta pode ser afetada pelo projeto imobiliário

A Câmara Municipal de Maceió aprovou, nesta quinta-feira, 27, o requerimento do vereador Allan Pierre (MDB) para a realização de uma audiência pública que irá discutir os impactos ambientais e urbanísticos da proposta de construção de cinco megatorres de 15 andares no entorno da Lagoa da Anta, na Jatiúca. O debate, agendado para o dia 17 de março, visa aprofundar a análise sobre os potenciais danos ao ecossistema local e as consequências para a mobilidade urbana da capital.

A audiência será um espaço aberto para representantes do poder público, entidades ambientais, setor imobiliário e sociedade civil. O objetivo é avaliar os riscos de um empreendimento que prevê a transformação da área cedida ao Hotel Jatiúca em um complexo residencial de alto padrão.

Entre os convidados para o evento estão a Prefeitura de Maceió, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, o Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA-AL), o Ibama, o Ministério Público e representantes do setor da construção civil.

A polêmica sobre o projeto aumentou nos últimos meses, principalmente pela falta de um debate sobre o impacto ambiental da construção de espigões em um dos últimos ecossistemas preservados da capital. Outro ponto de preocupação é a defasagem do Plano Diretor de Maceió, que não é atualizado há 20 anos. Ambientalistas e urbanistas apontam os riscos da verticalização da região, como a impermeabilização do solo, o aumento do trânsito e os danos ao lençol freático.

O projeto de construção das cinco megatorres foi fechado entre a Record Construtora e o Grupo Lundgren, por meio de um contrato de gaveta. O Valor Geral de Vendas (VGV) do empreendimento – que representa o faturamento total das unidades a serem comercializadas – ultrapassa R$ 1,5 bilhão, conforme estimativas do mercado imobiliário, que inclui profissionais de Alagoas e de outros estados do Nordeste.


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