meio ambiente
ALE inicia investigação sobre impactos de megaprojeto na Lagoa da Anta
Comissão irá debater os riscos ambientais e urbanísticos da construção de cinco torresA Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) iniciou uma investigação sobre os possíveis impactos ambientais e urbanísticos da construção de cinco megatorres de 15 andares cada, na Lagoa da Anta, em Maceió. Avaliado em R$ 2 bilhões, o projeto é fruto de uma parceria entre a Record Construtora e o Grupo Lundgren, proprietário do Hotel Jatiúca.
O presidente da comissão, deputado Delegado Leonam (União Brasil), anunciou que, após o recesso parlamentar, uma audiência pública será realizada no dia 15 de fevereiro para discutir a viabilidade do empreendimento. Leonam destacou a importância de uma análise aprofundada dos impactos legais, ambientais e urbanísticos da obra.
"Estamos diante da última lagoa em zona urbana de Maceió. É crucial debater os efeitos dessa construção, que pode comprometer matas ciliares, a biodiversidade local e agravar os congestionamentos em uma área já saturada", alertou o deputado.
O parlamentar também lembrou que existe uma legislação federal que protege as lagoas urbanas, impedindo sua destruição para empreendimentos imobiliários. "A transparência é essencial, e é preciso ouvir a população, ambientalistas e especialistas para determinar a melhor solução para a cidade", acrescentou Leonam.
Hélio Abreu, sócio da empresa, afirmou que as negociações estão protegidas por contratos, mas a falta de um debate público e a ausência de regulamentação específica para a Lagoa da Anta no Plano Diretor de Maceió têm levantado questionamentos entre especialistas e autoridades.