Após o serial killer de Maceió, Albino Santos de Lima, afirmar durante audiência que tem problemas mentais e solicitar internação psiquiátrica, a Polícia Civil negou, nesta quinta-feira, 27, que o apontado como responsável por 18 homicídios possua qualquer transtorno.

Um psiquiatra fez o atestado, que comprovou que ele não apresenta nenhum distúrbio mental ou falta de discernimento. “O laudo confirma que ele agia de forma premeditada, planejada e procurava apagar rastros e provas. Ele tinha plena consciência do que fazia e da gravidade de seus atos”, afirmou o delegado Gilson Rêgo ao EXTRA.

Durante a audiência realizada na última sexta-feira, 21, sobre o assassinato de uma das vítimas, Tamara Vanessa Silva Santos, Albino declarou ainda que foi "possuído pelo Arcanjo Miguel" ao cometer os assassinatos pelos quais responde: “Eu peço que o senhor me encaminhe para um tratamento psicológico mais adequado.”

O delegado explicou que o laudo foi solicitado no processo relacionado a uma outra vítima, Ana Beatriz. Ele, no entanto, não sabe afirmar se o laudo será válido para todos os casos, mas acredita que sim.

“A questão da sanidade mental não tem relação com a psicopatia. Ele é considerado serial killer pelo número de homicídios que cometeu e pelo modus operandi, pois havia um intervalo entre os crimes. Agora, ficou constatado que ele é um serial killer imputável, pois tinha plena consciência do que fazia”, concluiu o delegado.

Assassino em série de Maceió

Albino dos Santos, ex-prestador de serviço da Polícia Penal de Alagoas como agente penitenciário, se tornou um dos cinco maiores serial killers do Brasil. Atuando em Maceió entre 2019 e 2024, ele é acusado de 18 homicídios, dos quais confessou 16. No entanto, a Polícia Civil afirma ter provas suficientes para implicá-lo também nos outros dois crimes.

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