JUSTIÇA ESPANHOLA

Advogada alagoana de Daniel Alves afirma que jogador 'sempre foi inocente'

Tribunal Superior da Espanha decidiu forma unânime anular a condenação do jogador
Por Redação 28/03/2025 - 15:17
A- A+
Lucas Figueiredo/CBF
Daniel Alves, ex-jogador da seleção brasileira
Daniel Alves, ex-jogador da seleção brasileira

A advogada alagoana Graciele Queiroz, representante da família de Daniel Alves, se pronunciou nesta sexta-feira, 28, sobre a anulação da condenação do ex-jogador pela Justiça espanhola. Em vídeo publicado nas redes sociais, ela destacou o apoio contínuo da família e reafirmou a confiança na inocência de Alves, que sempre manteve a mesma versão dos fatos.

O Tribunal Superior da Espanha decidiu, de forma unânime, anular a condenação de Daniel Alves, que havia sido sentenciado a quatro anos e seis meses de prisão por um caso de estupro ocorrido em 2022, em Barcelona. O ex-jogador da Seleção Brasileira ficou preso por 15 meses e foi libertado em março de 2024, após pagar uma fiança de 1 milhão de euros, cerca de R$ 6,5 milhões.

Em sua fala, Queiroz agradeceu a Dona Lúcia, mãe de Daniel Alves, por acreditar na inocência do filho, apesar da pressão pública e da propagação de mentiras no Brasil. Ela enfatizou que, ao contrário do que se espalhou, o jogador sempre manteve a mesma versão sobre os eventos. Queiroz também criticou o tratamento recebido por Alves durante o processo, destacando a "coordenação ridícula" que o jogador enfrentou.

A advogada refletiu ainda sobre o impacto da prisão de Alves e questionou quem se beneficiava com sua detenção. Ela enfatizou que, apesar de todas as dificuldades, a família sempre acreditou que a justiça prevaleceria. "Hoje é o dia mais feliz da minha vida", afirmou Queiroz, celebrando a decisão que permitiu a Alves retomar sua vida e andar de cabeça erguida.

Condenação anulada

O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha publicou nesta sexta-feira, 28, a revogação, por unanimidade, da condenação do brasileiro Daniel Alves. O ex-jogador havia apelado da sentença de 4 anos e 6 meses de prisão, por agressão sexual contra uma jovem de 23 anos, durante uma festa, na cidade de Barcelona, no último dia do ano em 2022.

Daniel Alves foi preso um ano depois e, em fevereiro do ano passado, recebeu a condenação, mas estava em liberdade provisória há um ano. Ele também deveria pagar R$ 150 mil euros, o equivalente a mais de R$ 900 mil, pelos "danos morais e pelas lesões causadas".

A decisão de agora, porém, tomada pelos quatro magistrados da Seção de Apelações, aponta que a sentença original continha "lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições", tanto nos fatos quanto na análise jurídica. A sentença da Sessão de Apelação tem 43 páginas e foi publicada na íntegra.

O principal argumento é que o órgão judiciário considerou falta de "confiabilidade" no testemunho da vítima. A Seção de Apelações criticou a ausência de um exame mais rigoroso das evidências, afirmando que o tribunal original deveria ter dado maior atenção às divergências entre a declaração da vítima e as provas materiais. Os juízes que revogaram a sentença também disseram que o relato da vítima foi aceito de forma "subjetiva" e que as provas apresentadas pela defesa, como os exames de DNA e as impressões digitais, não foram devidamente consideradas.

Devido a alegada insuficiência de provas em favor da condenação, o Tribunal da Catalunha manteve a presunção de inocência de Daniel Alves e o brasileiro foi absolvido.

Leia mais sobre


Encontrou algum erro? Entre em contato