A Polícia Federal de Alagoas, que cumpriu a prisão do ex-presidente Fernando Collor de Mello nesta sexta-feira,25, aguarda  orientação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre como proceder com a transferência de Collor para Brasília. Até que isso ocorra, o ex-parlamentar permanecerá na Superintendência da PF, em Maceió, onde está custodiado. 

Segundo o advogado de defesa de Collor, Marcelo Bessa, seu cliente iria realizar o "cumprimento espontâneo" da decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão imediata nesta quinta-feira, 24. Collor foi abordado e detido no Aeroporto Internacional Zumbi dos Palmares, em Maceió, quando já faria o embarque, às 4 da manhã e no momento em que passava sua mala pelo sistema de raios-x.

A defesa de Collor não divulgou o lugar onde o ex-presidente cumprirá a pena de 8 anos e 10 meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, acusado de ter recebido cerca de R$ 20 milhões para favorecer contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia, em troca de apoio político para a nomeação e manutenção de diretores na subsidiária da Petrobras. A condenação foi estabelecida em 2023, na Ação Penal (AP) 1025, e envolve os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos.

Collor deve ser submetido a exames médicos para que a execução da pena comece a ser contabilizada.

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que Collor deve cumprir imediatamente a pena em regime fechado, além de ter que pagar noventa dias-multa. Pelo crime de corrupção passiva, a pena é de quatro anos e quatro meses de prisão. Por lavagem de dinheiro, é de quatro anos e seis meses. O delito de associação criminosa, por sua vez, teve a punibilidade extinta.

Moraes submeteu sua decisão para ser referendada pelo plenário do Supremo que irá julgar o caso a partir das 11 horas até às 23h59 desta sexta, 25. Antes disso, ministro disse que Collor já poderia ser detido.