Fernando Collor está preso em uma ala específica do Presídio Baldomero Cavalcanti, em Maceió, voltado a detentos com curso superior, ex-agentes de segurança pública e condenados por crimes de menor poder ofensivo ou de natureza política. Embora o local seja frequentemente chamado de “ala especial”, trata-se de um módulo comum do sistema prisional, sem nenhum tipo de regalia.

A cela de Collor é individual e segue o padrão das demais do presídio. O módulo já foi utilizado no passado para custodiar ex-militares, especialmente antes da criação de unidades específicas para esse público.

O ex-presidente foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a Procuradoria-Geral da República, ele recebeu cerca de R$ 26 milhões em propinas entre 2010 e 2014, por favorecer empresas em contratos com a BR Distribuidora, que tinha diretores indicados por ele.

A denúncia foi apresentada em 2015, quando Collor ainda era senador por Alagoas. O STF o tornou réu em 2017 e o condenou em 2023, mas considerou prescritos os crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. A pena foi confirmada com trânsito em julgado em abril de 2025, levando à sua prisão na madrugada do dia 25, quando tentava embarcar para Brasília. Após exame de corpo de delito, ele foi encaminhado ao presídio, onde já iniciou o cumprimento da pena em regime fechado.