POLÍTICA
Defesa de Collor pede prisão domiciliar por agravamento de saúde
Advogado alega que o estresse pode desencadear crises de ansiedade e depressão
A defesa do ex-presidente Fernando Collor enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), neste sábado, 26, um novo relatório médico para reforçar o pedido de prisão domiciliar. Preso desde sexta-feira, 25, no Presídio Baldomero Cavalcante de Oliveira, em Maceió, Collor, de 75 anos, enfrenta Doença de Parkinson, apneia do sono e transtorno afetivo bipolar, condições que, segundo seus advogados, exigem cuidados contínuos e monitoramento médico especializado.
O documento aponta que, apesar de controladas, as comorbidades são progressivas e podem se agravar em ambiente prisional, caso não haja o uso adequado de medicações e aparelhos como o CPAP, necessário para tratar a apneia.
A defesa alega ainda que o estresse pode desencadear crises de ansiedade e depressão, colocando em risco a saúde mental do ex-presidente.
Collor foi preso após a confirmação de sua condenação na operação Lava Jato. Ele foi sentenciado pelo STF a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, após ser acusado de receber cerca de R$ 26 milhões em propinas entre 2010 e 2014 em contratos da BR Distribuidora. Parte dos valores foi relatada por delatores como Alberto Youssef e Ricardo Pessoa.