O ex-presidente Fernando Collor de Melo recebeu uma proposta de emprego de uma empresa de pré-moldados em Alagoas, integrante do Núcleo Ressocializador de Maceió. A companhia solicitou à Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (SERIS) a inclusão do ex-presidente como reeducando.

A vaga é para um cargo gerencial na fábrica de pré-moldados da empresa. A proposta prevê pagamento de um salário mínimo, sem encargos sociais, e redução de pena, com a diminuição de um dia de prisão a cada dia de trabalho realizado.

“Empresa integrante do Núcleo Ressocializador de Maceió há 13 anos, a empresa, oferece posto gerencial de trabalho ao reeducando Fernando Collor de Melo”, diz a descrição da vaga em um e-mail encaminhado à Seris ao qual o EXTRA teve acesso.

A medida faz parte de um programa de ressocialização que busca reintegrar ex-presidiários de forma gradual e conforme as diretrizes da legislação. A SERIS deverá analisar a proposta e emitir parecer sobre a inclusão de Collor como trabalhador na fábrica.

Prisão do ex-presidente

Fernando Collor foi transferido na sexta-feira, 25, da sede da Polícia Federal para o presídio do Núcleo Ressocializador, em cumprimento à determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-presidente foi condenado em maio de 2023 a oito anos e dez meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. A ação penal é resultado de investigações da operação Lava Jato, envolvendo crimes praticados durante seu mandato como senador.

A decisão de Alexandre de Moraes foi submetida ao plenário virtual do STF. Gilmar Mendes pediu destaque para levar o caso ao plenário presencial, mas cancelou o pedido no sábado (26), permitindo a continuidade do julgamento de forma virtual.

O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, pautou a retomada do julgamento para segunda-feira (28). Já há maioria entre os ministros para confirmar o início do cumprimento da pena de Fernando Collor no regime fechado.