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MPF acompanha e cobra avanços na reestruturação do Hospital Veredas

Reunião debateu ampliação de serviços pelo SUS e melhorias estruturais em unidade hospitalar
Por Redação com MPF 09/05/2025 - 08:34
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Hospital Veredas
Hospital Veredas

Na tarde da última segunda-feira, 5, o Ministério Público Federal (MPF) promoveu mais uma reunião de trabalho para acompanhar os progressos e os desafios enfrentados na intervenção judicial do Hospital Veredas, em Maceió, Alagoas. O encontro contou com a participação de representantes da Defensoria Pública da União (DPU), da Advocacia-Geral da União (AGU), da Controladoria-Geral da União (CGU), da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da junta interventora, e da empresa Geesta, responsável pela gestão do hospital desde o início da intervenção judicial provisória, determinada em ação civil pública movida pelo MPF e DPU.

Desde a nova gestão, iniciada em 24 de março, foram realizados levantamentos para identificar as áreas que necessitam de correção para que o hospital volte a operar plenamente. Entre as principais prioridades estão a melhoria no setor de suprimentos, especialmente na área de fornecimento de medicamentos e gases hospitalares. A ampliação da capacidade de geração própria de gases hospitalares e o reforço no fornecimento para situações emergenciais, como quedas de energia, também estão em negociação.

Atualmente, o hospital conta com 176 leitos em operação, sendo 101 destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), e está em processo de reorganização para ampliar sua capacidade para mais de 260 leitos, conforme a estrutura instalada. A previsão é reabrir a UTI Geral entre os dias 10 e 15 de maio, o que permitirá o retorno de especialidades como cirurgias ortopédicas mais complexas. A reativação da oncologia pediátrica também está entre as prioridades, com planos de expansão para o atendimento de adultos, embora ainda sem uma data definida.

A procuradora da República, Julia Cadete, destacou que a suspensão de diversos serviços ocorreu, em parte, pela falta de manutenção predial e pelos danos estruturais identificados em várias inspeções realizadas, sem solução ao longo do tempo. O representante da Geesta explicou que já foram implementadas melhorias, como a recuperação do equipamento de esterilização (CME), reparos na estrutura física, incluindo conserto da caixa d’água e eliminação de mofo, além de avanços no centro cirúrgico e odontológico e a patrimonialização de bens.

A procuradora da República Roberta Bomfim ressaltou que as cirurgias devem ser realizadas com a mesma prioridade, sejam elas provenientes de decisões judiciais ou encaminhadas por unidades de saúde estaduais ou municipais. Por sua vez, o procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Bruno Lamenha, enfatizou a importância da retomada do atendimento oncológico pediátrico, uma vez que o Hospital Veredas sempre foi referência estadual nesse tipo de serviço.

Outro ponto abordado foi a situação das residências médicas. O hospital, que possuía dez programas de residência, precisou remanejar aqueles cujos serviços foram suspensos. A AGU comprometeu-se a obter o procedimento administrativo necessário junto ao Ministério da Educação (MEC).

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