A defesa do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, morto durante uma perseguição policial no último dia 3 de maio, em Palmeira dos Índios, protocolou um pedido formal para que seja realizada a reprodução simulada dos fatos. A solicitação foi entregue ao delegado João Paulo Canuto, responsável pela Delegacia de Homicídios, e tem como objetivo esclarecer detalhes da ação que resultou na morte do jovem de 16 anos.

De acordo com o advogado da família, Gilmar Torres, as imagens disponíveis mostram apenas a abordagem policial, desde o início da perseguição até o momento em que a viatura fecha o veículo conduzido por Gabriel, provocando sua queda na calçada.

O vídeo, no entanto, não registra o momento exato do disparo. Para a defesa, a reprodução simulada pode ajudar a esclarecer a dinâmica da ocorrência e responder a dúvidas sobre a legalidade da ação policial.

A família contesta a versão apresentada pela Polícia Militar, que alega que o adolescente estava empinando a motocicleta e avançou um sinal vermelho. Segundo a PM, foi dada ordem de parada, que não foi obedecida, e, ainda conforme os agentes, Gabriel teria atirado contra a guarnição.

A família, por sua vez, nega que ele estivesse armado e acusa os policiais de uso excessivo da força. No momento do ocorrido, os pais estavam trabalhando e só receberam a notícia da morte cerca de 40 minutos após Gabriel dar entrada na UPA. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.