Tragédia familiar
População lamenta morte do garoto Pierre Victor pelo pai major da PMAL
Criança de 10 anos foi feita refém antes de ser assassinada a tiros em Maceió
A tragédia envolvendo a família do major reformado Pedro Silva, que neste sábado,7, manteve como reféns e assassinou a tiros o ex-cunhado e também o próprio filho Pierre Victor Pereira Silva, de 10 anos, é motivo de lamento e revolta para as pessoas que conviviam com as vítimas.
Neste domingo, a escola onde Pierre Victor estudava, em Palmeira dos Índios, Colégio Santo Agostinho, publicou nota de pesar pela morte precoce do garoto. Funcionários, alunos e pais estão consternados com a tragédia.
“É com os corações em luto que a família CEA se despede do nosso amado aluno, Pierre Victor Pereira Silva, que aos 10 aninhos, partiu para uma nova e colorida jornada. A energia contagiante e o sorriso fácil do Pierre preenchiam nossos espaços e sua ausência deixará uma saudade imensa em nossos corredores e salas de aula. Ele tinha um jeito único de ver o mundo e o brilho da sua curiosidade fará muita falta”, assinalou a direção da escola.
Pierre Victor morava com a família em Palmeira dos Índios, mas estava em Maceió para visitar o pai na Academia da Polícia onde estava detido desde 10 de maio por violência doméstica.
O menino foi morto pelo militar, após ficar como refém na residência onde estava com a mãe, ex-mulher do major, e outras quatro pessoas. Antes de ser assassinado, Pierre Victor tinha sido levado por um amigo da família para ver o pai na Academia da Polícia Militar.
O major, minutos após a visita, empreendeu fuga, abordou o veículo onde o filho estava e seguiu para a casa da ex-mulher no bairro do Prado, em Maceió, fazendo os ocupantes de reféns.
Armado e com passado marcado por comportamento violento, segundo a família dele, o militar matou a criança e o tio dela, seu ex-cunhado identificado como sargento Galvão. A ex-mulher foi salva porque se trancou num dos cômodos da casa, assim como a mãe dela e o filho mais novo de três anos. O Bope foi chamado para a ocorrência. O major acabou sendo ferido mortalmente no local após o fracasso das negociações e resistência à prisão. Militares comentaram que o homem parecia estar em surto psicótico.