VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
"Surto psicótico que dura 50 anos", diz sobrinho de major da PM
Pedro Silva, 58, matou Pierre Victor Pereira Silva, 10, e Altamir Moura Galvão de Lima, 61
Familiares do major Pedro Silva relataram que ele tinha um histórico de violência e rejeitaram a versão de que o militar estava em surto psicótico. O major foi morto após confronto com a polícia, no sábado, 7, após matar o filho e o ex-cunhado e manter parentes reféns.
"Eu gostaria que algum profissional da saúde, um psicólogo ou psiquiatra, me dissesse se existe um surto psicótico que dura 50 anos (...). O histórico de agressão, de bater na esposa, tem desde sempre", afirmou Arrison Luan Galvão, sobrinho do major, à TV Pajuçara.
Pedro Silva, 58, matou Pierre Victor Pereira Silva, 10, e Altamir Moura Galvão de Lima, 61, conhecido como sargento Galvão. Além das mortes, ele fez a ex-companheira, a irmã e outro filho reféns em uma casa na Rua Manaus, no bairro do Prado, em Maceió.
Os três reféns foram liberados após negociação com equipes da Polícia Militar. O major foi baleado e morto ao resistir à prisão. Ele havia fugido do presídio militar, onde estava detido desde janeiro de 2025 por violência doméstica contra a ex-companheira.
A Polícia Civil investiga como ocorreu a fuga. Segundo os investigadores, o major cumpria pena administrativa. Durante a invasão à residência da família, ele usava a própria arma para ameaçar os reféns e resistiu ao cerco da PM até ser morto.
Dias antes da fuga, Pedro gravou um vídeo no qual negava as acusações. Disse que estava preso por causa da Lei Maria da Penha e justificou que teria agredido a ex-mulher de forma acidental durante uma briga, o que causou um hematoma no rosto dela.
"Empurrei ela, sem querer, porque ela me abraçou, agarrou e me arranhou. Fui tentar desviar dela, e a empurrei sem querer. Aí ela veio a ter um hematoma no rosto", declarou o major na gravação, que foi divulgada após a sua morte.