Saúde em risco
Trabalhadores do Hospital Veredas decretaram greve geral por salários
Gestores devem 4 meses de salários e complementos do piso aos profissionais da enfermagem
O alagoano já conhece a situação e sente seus efeitos no corpo, no momento frágil em que precisa da assistência médica. Novamente, o Hospital Veredas está com as atividades paralisadas por atraso no pagamento salarial dos profissionais da enfermagem.
Atualmente, esses funcionários aguardam o pagamento do complemento do piso [da enfermagem] referente aos meses de outubro e novembro de 2024, e abril, maio e junho de 2025. Também seguem sem receber os salários integrais de março, abril, maio e junho deste ano, além da metade do 13º salário de 2024. Não há diálogo entre a gestão e sindicatos para resolver a situação caótica.
O Sindicato dos Enfermeiros de Alagoas (Sineal) e o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem de Alagoas (Sateal), em parceira com outras três entidades, emitiram uma nota neste domingo, 3, expressando total indignação com a situação. Eles denunciam que há meses tentam dialogar com a Comissão Interventora do hospital, buscando acordos para resolver o atraso no pagamento de salários. No entanto, as promessas de regularização feitas pela gestão têm falhado, o que tem agravado a crise.
“Foram diversas promessas de planos de pagamentos colocados pela Comissão, tendo todos de alguma maneira falhado. E por conta de tal desorganização, a situação segue calamitosa. São pessoas, pais e mães de família que não tem dinheiro para pagar sequer sua passagem de ônibus. Famílias que estão contraindo dívidas e estão há meses sem receber seus salários”, dizem em nota. De acordo com a Comissão Interventora, os pagamentos não vem sendo feitos por conta de atrasos nos repasses realizados pela gestão pública.
Diante do impasse, a greve foi estabelecida nesta segunda-feira, 4. As entidades cobram atuação urgente de órgãos como o Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE) e Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para intervir no caso e proteger os direitos dos trabalhadores.
Nesta terça-feira,5, os trabalhadores voltaram a protestar na porta do hospital e denunciaram à sociedade a situação de crise na qual estão mergulhados sem receber proventos.