LEVANTAMENTO
AL prende mais condenados que a média nacional, mas 20% aguardam julgamento
Dos 11,2 mil encarcerados em 2024, 2,8 mil estavam presos provisoriamente no estado
Alagoas possui uma proporção maior de presos condenados do que a média brasileira, mas ainda mantém um quinto de sua população carcerária à espera de julgamento. Os dados constam no Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2025.
Em 2024, o estado registrou 14.077 pessoas privadas de liberdade, contra 13.074 no ano anterior, o que corresponde a um crescimento de 7,7%, acima da média nacional de 6,7%. Desse total, 11.206 (79,6%) eram condenados, índice superior ao do Brasil (76,0%). Já os 2.871 presos provisórios representaram 20,4% do total, contra 24,0% no cenário nacional.
O relatório apresenta ainda outros dados importantes. Em 2024, havia 14.039 presos para apenas 6.920 vagas em Alagoas, o que representa razão preso/vaga de 2,0, número muito acima da média nacional de 1,4. Isso significa que, para cada vaga disponível, havia dois detentos. O déficit de vagas chegou a 7.119 no ano passado, número superior ao registrado em 2023 (6.678).
Perfil da população carcerária
A grande maioria das pessoas presas em Alagoas está no sistema prisional estadual ou federal. São 14.039 no total, sendo 13.278 homens e 761 mulheres. Apenas 38 presos estavam em carceragens de delegacias no ano passado.
Esse cenário difere do registrado em alguns estados brasileiros, onde milhares de presos permanecem sob custódia em delegacias por longos períodos, o que sobrecarrega a polícia e agrava as condições de detenção.