A família da adolescente na Beatriz Moura, de 15 anos, encontrada morta no dia 3 de maio deste ano em Guaxuma, no Litoral Norte de Maceió, participou nesta quinta-feira, 11, da primeira audiência de instrução do caso. Durante o depoimento, a prima da vítima, Jacielle Moura, revelou que os familiares descobriram uma pasta trancada no Google, mantida pela jovem, onde havia prints de conversas e ameaças.

Ana Beatriz havia sido vista pela última vez em 8 de abril, ao sair do Instituto Federal de Alagoas (Ifal). De acordo com as investigações da Polícia Civil, ela deixou a escola em um mototáxi por aplicativo e seguiu até o bairro Garça Torta, onde se encontraria com o suspeito do crime, um homem casado e pai de três filhos, com quem mantinha um relacionamento. O acusado foi preso e permanece sob custódia.

Segundo Jacielle, as novas informações levantam dúvidas sobre a forma como a relação entre Ana Beatriz e o suspeito teria acontecido. “Acredito que não tenha sido nada espontâneo, porque havia prints onde ela mostrava a localização em tempo real para ele e registros salvos com nomes diferentes, como ‘amor’ e ‘Joseph’. Isso não seria normal se fosse algo natural. A Bia deixou tudo guardado em uma pasta trancada”, afirmou.

Ainda de acordo com a prima, os familiares também tiveram acesso a prints de ameaças feitas pela esposa do acusado, algo que, segundo ela, não havia sido confirmado anteriormente nas investigações.