MACEIÓ

Prefeitura diz que não foi avisada sobre leilão de prédio do CAPS II

Negociação imobiliária com duas construtoras foi conduzida pela Secretaria de Planejamento
Por Redação 21/10/2025 - 08:52
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Reprodução
Prefeitura de Maceió diz não ter sido avisada sobre venda de prédio onde funciona o CAPS da Jatiúca
Prefeitura de Maceió diz não ter sido avisada sobre venda de prédio onde funciona o CAPS da Jatiúca

A Prefeitura de Maceió informou na noite de segunda-feira, 20, que “não foi comunicada previamente” sobre a venda do prédio onde funciona o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II Dr. Rostan Silvestre, localizado no bairro da Jatiúca. O imóvel, pertencente ao Governo de Alagoas, foi leiloado e adquirido pela iniciativa privada.

A negociação imobiliária conduzida pela Secretaria de Planejamento de Alagoas (Seplag) formalizou a venda do quarteirão na região da Avenida Amélia Rosa, para duas construtoras que arremataram a área por um valor ainda não revelado pela pasta.

Segundo o município, a Secretaria de Planejamento do Estado enviou ofício informando “a transferência de propriedade e a determinação de desocupação do espaço”. A medida teria surpreendido servidores e usuários. O CAPS atua há mais de 17 anos no local e integra a rede de atenção psicossocial da capital.

Após diálogo entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Governo do Estado, o prazo inicial de 15 dias para desocupação foi ampliado para 180 dias. De acordo com a prefeitura, o novo prazo permitirá a realocação planejada da unidade, sem interrupção dos atendimentos prestados aos usuários.

"A Secretaria Municipal de Saúde, imediatamente, iniciou tratativas com o Governo do Estado e obteve o compromisso de prorrogação do prazo de desocupação para 180 dias", informou a nota.

Durante o processo de transição, a prefeitura informou que o CAPS II Dr. Rostan Silvestre seguirá em funcionamento. “Nenhum atendimento será interrompido”, afirmou a administração municipal, acrescentando que busca um novo espaço adequado para a continuidade dos serviços.

O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Planejamento, confirmou a venda como parte do processo de “alienação de bens públicos sem uso administrativo”, sem detalhar se há outras instituições na área leiloada.


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