Justiça
Justiça torna réus donos da clínica onde morreu Cláudia Pollyanne
Maurício Anchieta e Jéssica Vilela vão responder em julgamento por vários crimes
Os proprietários da clínica Comunidade Terapêutica Luz e Vida, Maurício Anchieta de Souza e Jéssica da Conceição Vilela, vão responder na Justiça por crimes de tortura, estupro e exercício ilegal da medicina.
A Justiça de Alagoas aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPAL) contra o casal, que está preso desde a morte da esteticista Cládia Pollyanne Faria de Santa’Anna, de 41 anos, no estabelecimento.
Na decisão que recebeu a denúncia, o juiz do caso determinou que os acusados sejam citados para apresentar defesa escrita em até dez dias, podendo indicar testemunhas e juntar documentos. Caso não constituam advogado, a Defensoria Pública assumirá a representação.
O magistrado ainda ordenou a emissão das certidões de antecedentes criminais dos réus e a regularização da classe processual no sistema eletrônico do Judiciário.
A clínica, localizada no município de Marechal Deodoro (AL), também funcionava de forma clandestina, sem alvarás, licenças e equipe profissional para exercer assistência a pessoas internadas para reabilitação por uso de drogas.
Cláudia Pollyane Faria de Santa’Anna, de 41 anos, faleceu no mês de agosto deste ano. Seu corpo foi localizado por um funcionário da clínica, que levou a esteticista até a UPA da cidade, onde o óbito foi constatado. O corpo de Cláudia apresentava hematomas, marcas de violência.
O proprietário Maurício Anchieta também foi acusado por manter menor em cárcere. A vítima, denunciou à polícia que era obrigada a manter relações sexuais com ele toda a semana. Ela também testemunhou sobre as agressões que os pacientes sofriam no lugar, inclusive Cláudia Pollyanne.
Jéssica, esposa de Maurício, foi presa em flagrante no dia da descoberta do corpo de Cláudia e também foi acusada por omissão. Maurício foi detido quase duas semanas após a morte da esteticista.



