Política

Rafael Tenório culpa programas sociais por falta de trabalhadores

Suplente de senador diz que pessoas rejeitam emprego formal para não perder dinheiro dos benefícios
Por Tamara Albuquerque 04/11/2025 - 14:04
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Divulgação
Empresário Rafael Tenório
Empresário Rafael Tenório

O empresário Rafael Tenório (MDB-AL), suplente do senador Renan Calheiros (MDB), responsabilizou o governo Lula pela dificuldade de contratação de profissionais domésticos e para o trabalho no campo em função dos recursos que essas pessoas recebem nos programas sociais.

Segundo ele, "hoje em dia está cada vez mais difícil encontrar pessoas dispostas a trabalhar...e isso ocorre, em grande parte, por causa dos benefícios sociais que o governo oferece. Muita gente tem medo de perder o que já conquistou e por isso prefere não aceitar um emprego formal", disse.

Em vídeo postado nesta terça-feira,4, nas redes sociais, o suplente de senador deu a sugestão ao presidente Lula para criar uma lei que resolvesse esse "problema" mantendo os benefícios, mesmo quando a pessoa encontre emprego formal, com carteira assinada.

Ele sugeriu que o governo, somente após o período de experiência do trabalhador, de 90 dias, em vaga formal, iniciasse o desmame do programa social reduzindo os recursos aos poucos.

"A pessoa que conseguisse um emprego formal não perderia o benefício de imediato, mas aos poucos, com reduções de 20%, conforme fosse se estabilizando no trabalho. Assim, teríamos mais gente voltando ao mercado de trabalho, com carteira assinada, com dignidade, contribuindo e garantindo o futuro e a aposentadoria. E o benefício, nesse caso, seria um incentivo — não um obstáculo", disse.

Rafael Tenório, ex-presidente do Centro Sportivo Alagoano (CSA), chegou a assumir a cadeira no Senado em 2022 em razão do pedido de licença de Renan Calheiros.

Na ocasião, em seu primeiro discurso, Tenório assumiu o compromisso de trabalhar pelo desenvolvimento econômico de Alagoas e defendeu o combate das desigualdades e da fome no país.

Sobre a sugestão ao presidente, o empresário afirma que a dificuldade de encontrar pessoas para trabalhos no agro e funcionários domésticos é uma queixa comum, já que esses trabalhadores, beneficiados pelos programas sociais do governo, não querem a vaga por receio de perder o benefício. "Mas o resultado é que acabam sem direitos trabalhistas, sem contribuição e, lá na frente, sem uma aposentadoria garantida", enfatizou. 




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