Polícia
Irmãos da médica que matou ex-marido médico tentam a guarda da sobrinha
Menina, filha do ex-casal, está sob a guarda das avós. Familiares alegam incapacidade
O assassinato do médico Alan Carlos Lima Cavalcante, praticado pela ex-mulher e também médica Nadja Tamires, no último dia 16 deste mês, tem provocado efeito devastador na família da suspeita, dividindo opiniões e colocando parentes em confronto.
Neste domingo, 23, a irmã da médica ingressou na Justiça com um pedido de guarda provisória da sobrinha, a criança filha do ex-casal. Nayara Thais Silva Lima quer cuidar da menina, que hoje está morando com as avós Josefa Alves de Lima Cavalcante (materna) e Cícera Maria de Lima Cavalcante (paterna).
A solicitação será avaliada por uma Vara de Família da comarca de Arapiraca, onde o crime aconteceu e onde os envolvidos nessa tragédia familiar moram. A tia afirma que as avós, atuais guardiãs da criança, não têm condições ou capacidade para assumirem a tutela. Alegou incapacidade psicológica e social.
“Apesar da autora sustentar a incapacidade das avós, atuais guardiãs, de exercerem a guarda da criança, apresenta, como fundamento da alegação, documentação pretérita, relativas aos anos de 2024 e 2014 a 2021, o que, por óbvio, não é suficiente para comprovar a presença de risco iminente que impeça a análise do mérito pelo juízo natural, durante o expediente forense regular”, argumentou o juiz Ewerton Luiz Chaves Carminati na ação.
Nayara e Elias Lima, outro irmão de Nádia, divulgaram versões e documentos de apoio a Nádia Tamires, sustentando a versão de denúncia de abuso contra a filha do ex-casal, crime ocorrido pelo pai, segundo afirmam. Já a mãe de Nádia, dona Josefa Alves, e o filho Emerson LIma Barros, gravaram vídeos onde desmentem a médica e defenderam a inocência do médico Alan Carlos.
O crime está sendo investigado e Nadia Tamires está presa. O crime ocorreu em frente à Unidade Básica de Saúde do Sítio Capim (UBS), na zona rural de Arapiraca, Agreste de Alagoas.



