Economia
Pesquisa 2026: 54% dos prefeitos de Alagoas estão otimistas com a economia
Prefeituras fecham o ano com alta liquidez, com salários e contas em dia, segundo gestores
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) divulgou, nesta segunda-feira, 15, os resultados do levantamento anual sobre a situação fiscal das prefeituras brasileiras, com foco no pagamento salarial e na percepção dos gestores para a economia em 2026.
A pesquisa de 2025 atingiu 75% dos Municípios do país e reúne a percepção de gestores municipais sobre o desempenho fiscal, os desafios de gestão e as expectativas para o próximo ano.
Em Alagoas, 54% dos gestores que responderam à pesquisa estão otimistas em relação à economia brasileira em 2026, sendo que 50% acreditam que será boa e 4% muito boa. Ao contrário, 30% acham que no próximo ano a economia será ruim, sendo 8% muito ruim e 22% ruim. Outros 14% se declararam indiferentes e 4% não responderam.
Os salários dos servidores estão em dia em 96% dos municípios de Alagoas, segundo os gestores, e estão atrasados em apenas 4% das prefeituras. Em relação ao pagamento da folha de dezembro, 96% dos prefeitos asseguram que vão pagar os servidores em dia, 2% informam que vão atrasar o pagamento e 2% não responderam.
O funcionalismo público municipal já recebeu o 13º salário em 48% das cidades alagoanas e outras 48% vão pagar o salário extra até o dia 20 de dezembro. O atraso vai acontecer em 2% dos municípios e 2% preferiu não responder. Em 80% dos municípios a prefeitura optou pelo pagamento do 13º em parcela única e 20% decidiu fazer parcelamento.
A pesquisa revela que o 1% adicional do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), pago no último dia 10, será decisivo para o pagamento do 13º salário. Em uma visão anual, o primeiro ciclo da gestão 2025–2028 foi marcado por desafios fiscais e de governança nos municípios brasileiros.
Para 80,2% dos gestores, o principal entrave foi a crise financeira e a falta de recursos. A instabilidade política e econômica aparece em segundo (67,5%), seguida pelos desafios na gestão da saúde (63,4%) e pelos reajustes salariais concedidos ao longo de 2025 (62,2%).
Apesar das expectativas positivas para o desempenho da economia em 2026, pelo menos 36% dos gestores em Alagoas confessam que vão deixar restos a pagar a descoberto, sem fonte de recursos, para o próximo ano. A maioria, no entanto, ou 56% revelam bom nível de liquidez e afirmam o contrário: encerram o ano sem despesas descobertas; 8% não respondeu.
Quando questionados se o Município vai fechar as contas desse ano, 54% dos gestores em Alagoas disseram que sim; 36% disseram que não e 10% calaram a respeito. Os prefeitos também responderam sobre atraso no pagamento de fornecedores e 54% informaram que não há atraso no pagamento. Outros42% disseram estão com contas pendentes e 4% não responderam.
A pesquisa mostra que, “apesar das dificuldades relatadas pelos gestores, as prefeituras chegam ao fim do ano com maior controle fiscal. Porém, acreditam que o ano de 2026 trará desafios significativos, que podem ser acentuados com o cenário político-eleitoral, na medida em que podem ser aprovadas pautas-bombas com custos insustentáveis para as finanças municipais”, avalia o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.



