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Justiça mantém prisão de Kel Ferreti após audiência de custódia
Influenciador voltou ao sistema prisional em Alagoas
A Justiça de Alagoas manteve, nesta segunda-feira, 22, a prisão do influenciador Kleverton Pinheiro de Oliveira, conhecido como Kel Ferreti, após audiência de custódia. Ele se apresentou à polícia no domingo, 21. Kel Ferreti foi detido em dezembro de 2024 durante uma operação de combate a esquemas de jogos e apostas online. Em 2025, ele foi condenado a 10 anos de reclusão pelo crime de estupro. Após recurso, a pena foi reduzida para pouco mais de sete anos.
O influenciador chegou a cumprir sete meses de prisão, mas foi liberado em agosto para responder ao processo em liberdade, mediante o cumprimento de medidas cautelares impostas pela Justiça.
No dia 18 de dezembro, a Justiça determinou novamente a prisão de Kel Ferreti. A decisão estabeleceu a regressão de regime em razão do descumprimento das medidas cautelares, incluindo restrições de circulação e o uso de tornozeleira eletrônica com raio zero.
De acordo com a decisão judicial, a vítima do estupro acionou o botão do pânico em três ocasiões, o que também foi considerado no pedido de regressão do regime de cumprimento da pena.
O Ministério Público detalhou à Justiça o descumprimento das medidas cautelares impostas ao influenciador. Entre as determinações estavam o uso de tornozeleira eletrônica com raio de circulação zero, a proibição de sair da comarca sem autorização judicial e a obrigação de manter o endereço atualizado nos autos do processo.
Segundo o órgão, as condições foram violadas de forma contínua. Em petição apresentada à Justiça ainda em outubro, o Ministério Público apontou indícios de que Kel Ferreti estaria se deslocando para locais incompatíveis com o monitoramento eletrônico, situação que teria sido reforçada por publicações frequentes nas redes sociais.
O Ministério Público também informou que a vítima acionou o botão do pânico em pelo menos três ocasiões, indicando situações de risco. Além disso, foi constatado que o réu não residia mais no endereço informado oficialmente à Justiça, sem comunicação prévia, o que, de acordo com o órgão, dificultou a fiscalização e o cumprimento das decisões judiciais.



